Seis meses após Olimpíadas de Paris, medalhas com design da LVMH têm deterioração precoce
Publicado 22/01/2025 • 19:21 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 22/01/2025 • 19:21 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
Medalha do judoca Rafael Silva, o 'Baby', conquistada durante as Olimpíadas de Paris 2024.
Reprodução Rafael Silva.
Em agosto do ano passado, a equipe mista de judô do Brasil levou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris.
Com a conquista, Rafael Silva, o Baby, que estava no time vencedor, se tornou o judoca mais velho da história ao ir para o pódio aos 37 anos. A medalha olímpica mais nova de sua coleção, no entanto, apresenta sinais de deterioração precoce.
As medalhas distribuídas nos Jogos de Paris 2024 já estão apresentando sinais de desgaste –especialmente as de bronze. O tema virou assunto nas redes sociais e na imprensa internacional porque o design das medalhas é a joalheria de luxo Chaumet, que faz parte do grupo Moët Hennessy Louis Vuitton (LVMH). Bernard Arnault, o CEO da companhia, é um dos homens mais ricos do mundo. A empresa tem investido em esporte, e isso ficou evidente nas Olimpíadas do ano passado, quando uma marca do conglomerado fez o uniforme da equipe francesa na abertura e malas da Louis Vuitton apareceram com destaque no evento.
Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Silva relatou que sua medalha realmente está bastante desgastada.
“Parece que ela é até mais antiga que as outras que eu tenho aqui. A fita está em um bom estado e a caixinha também, mas a medalha em si dá a impressão que o verniz descascou bastante. Isso dá uma mudada na coloração da medalha de bronze também. Ela fica com algumas manchas escuras”, disse.
Baby esteve nos pódios dos Jogos de Londres 2012 e do Rio 2016. Ele diz que a medalha que venceu no Brasil também mostra algum envelhecimento. A organização oferece fazer uma troca, mas ele conta que prefere ficar com a original.
A medalha de Paris começou a dar sinais de deterioração depois de poucos dias: “Estava descascando o verniz, e percebi que logo ela ia ficar bem desgastada. Ela está mais escura em algumas partes”, disse ao Times Brasil.
Nas redes sociais, o nadador francês Clément Secchi, bronze no revezamento 4×100 m medley nos mesmos jogos, foi um dos primeiros atletas a se manifestar sobre a situação do objeto – o que ele comparou a uma “pele de crocodilo”. Secchi postou uma foto chamando a atenção para a textura áspera e a aparência descascada da medalha:
A LVMH é uma das empresas mais valiosas da Europa e controla diversas marcas de luxo. A companhia não deu muitas explicações sobre o que está acontecendo com as medalhas.
Em uma reportagem sobre o tema no New York Times, um porta-voz afirmou que foi a casa da moeda francesa (a Monnaie) que fabricou as medalhas e, portanto, a LVMH não faria nenhum comentário sobre a questão.
Segundo o jornal americano, o Comitê Olímpico Internacional pediu desculpas, e a casa da moeda francesa atribuiu o problema a uma falha técnica relacionada ao verniz.
Rogério Machado, professor de Química da Universidade Presbiteriana Mackenzie, afirma que o bronze é menos valioso e, quimicamente, mais oxidativo do que o ouro e a prata. Segundo ele, a corrosão pode ocorrer quando o material entra em contato com algum meio salino.
“Como o bronze é uma liga com predominância de cobre, quando em contato com meio salino, pode ocorrer o fenômeno de corrosão salina. O meio salino, não necessariamente é o ar advindo do mar, mas a sudação humana, onde no nosso suor temos sais para equilibrar nossa temperatura corpórea”.
A oxidação pode ser minimizada se as medalhas recebessem uma camada de verniz incolor.
“Muito provavelmente a corrosão seria atenuada”, afirma. “Porém, com o tempo, se o verniz não fosse muito resistente à ação do contato humano, a medalha começaria a descascar, como se fosse ‘pele de cobra’. Mais a frente, ela que era brilhante passaria a perder o brilho e ficaria escura, nem sempre por igual, pois o bronze é uma liga e poderia ficar com pontos mais escuros do que outros”, disse.
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