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Política

Senado e Câmara elegem novos presidentes neste sábado (1º); confira os candidatos

Publicado 01/02/2025 • 08:22

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • Neste sábado (1º), serão escolhidos os novos presidentes do Senado e da Câmara para o biênio 2025-2026.
  • Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE) disputam a cadeira atualmente ocupada por Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
  • Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), Hugo Motta (Republicanos-PB) e Marcel van Hattem (Novo-RS) concorrem ao cargo atualmente ocupado por Arthur Lira (PP-AL).

Neste sábado (1º), serão escolhidos os novos presidentes do Senado e da Câmara para o biênio 2025-2026.

Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE) disputam a cadeira atualmente ocupada por Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), Hugo Motta (Republicanos-PB) e Marcel van Hattem (Novo-RS) concorrem ao cargo atualmente ocupado por Arthur Lira (PP-AL).

Alcolumbre é o favorito para conquistar a presidência do Senado. Para isso, ele deve obter, no mínimo, 41 votos, o que corresponde à maioria absoluta da composição da Casa. Se isso não ocorrer, será feito novo turno de votação com os dois candidatos mais votados.

No caso da eleição para a Câmara, é Hugo Motta quem desponta como favorito na disputa. O deputado federal já assegurou o apoio de 17 bancadas, além de contar com o respaldo público de Lira.

A base de partidos que declara apoio ao deputado paraibano soma 488 parlamentares, mas o voto secreto traz incertezas sobre a fidelidade dos integrantes dessas bancadas. Apesar de ser amplo favorito, Motta precisa garantir ao menos 257 votos para vencer a eleição. 

Quem é quem na eleição para o Senado?

Favorito para suceder a Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Davi Alcolumbre, antes mesmo de ser eleito, já age como presidente de fato do Senado e assumiu as negociações do pacote fiscal do governo Lula.

Para atrair o apoio do governo, que espera aprovar o plano de corte de gastos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Alcolumbre promete atuar para dar celeridade às pautas governistas e acalmar os ânimos no Parlamento.

Davi Alcolumbre (União Brasil-AP)

Alcolumbre foi presidente do Senado entre 2019 e 2021 e é o favorito para voltar à cadeira na sucessão de Pacheco, seu afilhado político. Nos últimos anos, o parlamentar manteve intacta sua influência ao presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), colegiado mais importante da Casa, por onde se inicia a tramitação de praticamente todos os projetos importantes. Ele também deteve o controle do repasse de emendas, o que garante influência política.

Sem ensino superior, o senador tem uma trajetória discreta no Legislativo. Elegeu-se vereador em Macapá nas eleições de 2000. Foi seu primeiro cargo eletivo. Quatro anos depois, virou deputado federal por seu Estado e ficou na Câmara até 2014, quando conquistou uma vaga no Senado.

Alcolumbre conta com o apoio do PT no Senado, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de União Brasil, partido do senador do Amapá, PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, PP, PSB e PDT e MDB.

Como mostrou o Estadão, Alcolumbre prometeu garantir tramitação mais rápida do “pacote da democracia”, iniciativa que engloba projetos de lei como um que proíbe militares de assumirem o ministério da Defesa em troca do apoio do MDB.

Eduardo Girão (Novo-CE)

Aliado de Bolsonaro, Eduardo Girão formalizou sua candidatura ao Senado. Eleito em 2018 pelo PROS (que se fundiu ao Solidariedade) com 1.325.786 votos, o senador está no Novo desde 2023 e é o único parlamentar do partido na Casa.

No ano passado, Girão tentou se eleger prefeito de Fortaleza, mas ficou em quinto na disputa, com 14.878 votos. Empresário dos ramos de hotelaria, transporte de valores e segurança privada, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter um patrimônio de R$ 48,1 milhões ao participar do pleito municipal.

Em seis anos como senador, Girão foi autor único de 81 projetos. Do total, dois viraram leis. Um deles criou o Dia Nacional do Espiritismo, celebrado em 18 de abril, e outro disponibilizou linhas de crédito para profissionais liberais durante a pandemia de covid-19.

Marcos do Val (Podemos-ES)

Marcos do Val foi eleito em 2018, na esteira do bolsonarismo, com 863.359 votos, pelo PPS (atual Cidadania). Um ano depois, ele deixou a sigla e se filiou ao Podemos. Antes de ingressar na política, prestou serviço militar obrigatório e, segundo a sua biografia no Senado, ofereceu aulas de defesa pessoal para agentes de corporações policiais internacionais, como as americanas Swat, FBI e Navy Seals.

O senador já se envolveu em atritos com o clã Bolsonaro ao afirmar, em fevereiro de 2023, que sofreu coação por parte do ex-presidente para participar de uma tentativa de golpe. Ele negou a história no mesmo dia, mas tempo depois foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF).

No ano passado, Do Val teve o passaporte apreendido, as contas bancárias bloqueadas e as redes sociais suspensas por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)Alexandre de Moraes. As medidas foram impostas dentro de uma investigação que apura ataques de blogueiros bolsonaristas a agentes da PF.

No período no Senado, foi o autor único de 112 projetos de lei, que permanecem em tramitação. O Podemos não cravou apoio a sua candidatura à presidência do Senado.

Marcos Pontes (PL-SP)

O senador Marcos Pontes oficializou a candidatura à presidência do Senado. O PL, porém, anunciou apoio a Alcolumbre, num acordo para garantir espaço na Mesa Diretora da Casa. O ex-presidente Jair Bolsonaro chamou a atitude de “lamentável”, e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse que o colega terá apenas “o voto dele mesmo”.

Ele enfrenta dificuldades para consolidar alianças e admitiu ser um “vencedor improvável”.

Em 2006, Pontes ficou nacionalmente conhecido por se tornar o primeiro astronauta brasileiro a ir ao espaço. Ele ingressou na política em 2019, quando foi nomeado ministro da Ciência e Tecnologia por Bolsonaro. Nas últimas eleições para o Senado, conquistou a única cadeira do Estado de São Paulo ao obter 10.714.913 votos.

Em dois anos no Senado, ele apresentou 41 projetos de lei, que estão em tramitação. Entre as propostas, está a que busca revogar os crimes de porte e posse ilegal da arma de fogo.

Quem é quem na eleição para a Câmara?

Hugo Motta desponta como favorito na disputa para a presidência da Casa. O deputado federal já assegurou o apoio de 17 bancadas, além de contar com o respaldo público do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A base de partidos que declara apoio ao deputado paraibano soma 488 parlamentares, mas o voto secreto traz incertezas sobre a fidelidade dos integrantes dessas bancadas.

Apesar de ser amplo favorito, Motta precisa garantir ao menos 257 votos para vencer a eleição. Nesta segunda-feira, 27, Motta recebeu outros dois apoios públicos em São Paulo. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), se reuniram com o deputado em uma pizzaria no bairro Higienópolis, em São Paulo e reforçaram o apoio ao deputado.

No jantar, Tarcísio afirmou que a bancada paulista “está fechada” com a candidatura de Motta. Segundo ele, o objetivo do evento era apresentar demandas e projetos, além de “pavimentar um caminho” para debates futuros

O evento foi organizado pelo deputado Maurício Neves, presidente estadual do Progressistas, e também teve participação dos também parlamentares paulistas Marcos Pereira, presidente do Republicanos, e Arnaldo Jardim, líder do Cidadania.

Entre os adversários de Motta na disputa, está o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ). O PSOL tem 13 deputados na bancada – Fernanda Melchionna, pelo Rio Grande do Sul; Célia Xakriabá, por Minas Gerais; Tarcísio Motta, Chico Alencar, Pastor Henrique Vieira, Talíria Petrone e Glauber Braga, pelo Rio de Janeiro; e Ivan Valente, Luiza Erundina, Sâmia Bomfim, Érika Hilton, Profª Luciene Cavalcante e Guilherme Boulos, por São Paulo – e há duas eleições lança candidatura própria.

Nesta segunda-feira, 27, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) também anunciou oficialmente sua candidatura à presidência da Câmara. A candidatura enfrenta resistência devido ao favoritismo de Hugo Motta, que conta com o apoio de PT, PL, Republicanos, entre outros partidos. Ainda assim, Van Hattem pode atrair votos de bolsonaristas descontentes.

Hugo Motta (Republicanos-PB)

Médico de formação, Hugo Motta tem 35 anos e é natural de João Pessoa, capital da Paraíba. Ele é de uma família política tradicional de Patos, no interior do Estado. A avó materna, o avô paterno e o pai dele foram prefeitos do município. O avô materno dele, Edivaldo Mota, ocupou uma cadeira da Câmara entre 1987 e 1992.

O nome de Motta para a sucessão de Lira não era apontado até o fim de agosto do ano passado, quando o Centrão e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva articularam para colocá-lo como sucessor ao comando da Casa, o que foi aceito pelo alagoano.

Além de fazer parte do grupo de lideranças do Centrão que orbita em torno de Lira, Motta é apontado como um parlamentar capaz de unir os dois grandes blocos da Casa. O paraibano integra a aliança que reúne Republicanos, MDB, PSD e Podemos, mas tem trânsito com o PP e o União Brasil.

A carreira política de Hugo Motta começou em 2010, quando se elegeu deputado federal aos 21 anos e 22 dias de idade, obtendo 86.150 votos. Na ocasião, se tornou o parlamentar mais jovem da história a ser eleito, feito que mantém até hoje.

Com o reduto eleitoral em Patos, Motta se candidatou a uma vaga na Câmara outras três vezes, em 2014, 2018 e 2022, e saiu vitorioso em todos os pleitos.

Entre 2010 e 2018, Hugo Motta foi filiado ao MDB. No partido, ele se tornou um dos membros da “tropa de choque” de Eduardo Cunha. Hoje, Hugo Motta é próximo do governo federal, mas, em 2016, ele votou a favor do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A petista teve o mandato cassado devido ao escândalo das pedaladas fiscais, revelado pelo Estadão.

Oito anos após o impeachment de Dilma, Motta se tornou uma figura próxima do governo Lula na Paraíba. Ele tem boa relação com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e recebeu afagos da equipe econômica em um evento realizado em janeiro do ano passado.

Motta deixou o MDB em 2018, se filiando ao Republicanos. Com influência no partido, hoje ele é líder da bancada da sigla na Câmara. O favorito a presidir a Casa é mais próximo de Lira do que do deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP), presidente nacional da sigla.

Como mostrou o Estadão, aliados dizem que ele é “correto”, “competente” e tem “palavra”, ou seja, cumpre o que promete. O círculo próximo de Motta também o classifica como um parlamentar atencioso com os deputados, não apenas com os líderes, mas também com o chamado “baixo clero”, termo usado para se referir a parlamentares de pouca expressão política na Câmara.

Pastor Henrique Vieira (PSOL)

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) anunciou a candidatura do deputado Pastor Henrique Vieira à sucessão de Lira na presidência da Câmara. O deputado eleito pelo Rio está em seu primeiro mandato na Câmara, eleito em 2022.

Henrique Vieira nasceu em Niterói em 15 de abril de 1987. É graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em Teologia pela Faculdade Batista do Rio de Janeiro e em História pela Universidade Salgado de Oliveira.

Em 2012, foi eleito vereador em Niterói com 2.878 votos, mas não se reelegeu em 2016, atingindo 3.457 votos. Pastor da Igreja Batista do Caminho, no Rio de Janeiro, Vieira se filiou ao PSOL em 2007.

O pastor é conselheiro do Instituto Vladimir Herzog e, em 2022, se tornou um dos cinco deputados federais eleitos no Estado do Rio de Janeiro pelo PSOL, com 53.933 votos. A legenda tem 13 deputados na bancada.

Marcel Van Hattem (Novo)

O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) anunciou oficialmente sua candidatura à presidência da Câmara para, segundo ele, representar uma alternativa de oposição ao governo Lula.

“Não estamos confortáveis com o fato de termos apenas duas candidaturas lançadas, uma do Centrão e outra do PSOL. A oposição precisa ter uma opção, pois entendo que não podemos ficar nas mãos dos mesmos grupos que têm dominado a Câmara e o Senado há tantos anos”, disse Van Hattem em nota divulgada nesta segunda-feira, 27.

O deputado se comprometeu ainda com pautas como o impeachment do presidente Lula e a anistia aos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro. Além disso, o Van Hattem também defendeu o combate ao abuso de autoridade, criticando o que considera interferências do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Polícia Federal (PF).

Com apenas quatro deputados na Câmara, o Novo quer marcar posição e influenciar o debate com a candidatura de Van Hattem. Ele já disputou outras eleições para o comando da Casa, sem sucesso, mas mantém o discurso de que representa uma oposição aos interesses “fisiológicos” e à aliança com o governo.

A candidatura enfrenta resistência devido ao favoritismo de Hugo Motta, que conta com o apoio de PT, PL, Republicanos, entre outros partidos. Ainda assim, Van Hattem pode atrair votos de bolsonaristas descontentes.

Recentemente, Van Hattem foi indiciado pela Polícia Federal após acusar o delegado Fábio Schor de produzir “relatórios fraudulentos”. Durante um discurso na Câmara, em agosto, ele chamou o delegado de “bandido” e afirmou: “Tenho imunidade parlamentar”. O indiciamento provocou reações, inclusive da defesa de Jair Bolsonaro (PL), que classificou a ação como um “ataque ao Parlamento brasileiro.”

Em resposta, Van Hattem chamou o indiciamento de “ridículo” e reafirmou sua postura crítica em relação à Polícia Federal. Ele também criticou o indiciamento de Bolsonaro e outras 39 pessoas por suspeita de tramar um golpe, que incluía o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes. “Esses relatórios têm mais furos que queijo suíço”, disse.

Atualmente, Van Hattem exerce seu segundo mandato de deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Foi vereador do município de Dois Irmãos aos 18 anos, eleito com 697 votos, em 2004; candidato a deputado estadual por três vezes (2006, 11. 656 votos; 2010, 14.068 votos; 2014, 35.345 votos); presidente da Juventude Progressista Gaúcha (2007-2009); e diretor Acadêmico da Fundação Tarso Dutra de Estudos Políticos e Administração Pública.

Trabalhou como assessor especial para relações internacionais e economia na Câmara dos Deputados.

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