Marcas próprias: farmácias devem crescer 16% em 2025 e liderar o mercado; home centers seguem
Publicado 02/02/2025 • 11:45 | Atualizado há 1 mês
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Publicado 02/02/2025 • 11:45 | Atualizado há 1 mês
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A aposta dos varejistas em marcas próprias tem uma justificativa forte. “Uma marca própria hoje é garantia de lucro certo”, afirmou Neide Montesano, presidente da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro). De acordo com ela, as vendas de marcas próprias podem representar cerca de 20% do lucro final mensal dessas empresas. Um setor que tem chamado a atenção da Abmapro é o de farmácias e drogarias. A associação projeta um crescimento de 16% no segmento para 2025, mantendo o mesmo nível do ano passado.
Na avaliação da Abmapro, um dos destaques nesse cenário é o grupo RD Saúde, dono da Raia Drogasil, que possui cinco linhas próprias – Needs, Bwell, Natz, Nutrigood e Caretech. Em 2022, a receita da RD com essas marcas foi 40% maior que em 2021, alcançando a marca de R$ 1 bilhão. Em 2023, o aumento foi de 30%, chegando a R$ 1,3 bilhão. Os resultados do ano passado ainda não foram divulgados – o fechamento anual do grupo será anunciado no dia 25 deste mês.
O Grupo DPSP, proprietário da Drogaria São Paulo, também tem sua história com marca própria. Em 2018, lançou a Ever Care. Desde então, foram criadas as linhas Ever Baby, Ever Nutri e Ever You. Nesse segmento, a pioneira é a Panvel, que nasceu no Rio Grande do Sul. Em 1989, ela lançou sua linha de produtos próprios, que hoje conta com mais de 1.100 marcas.
Além das farmácias e drogarias, segundo a presidente da Abmapro, outro segmento que deve ter uma forte expansão de marcas próprias é o de home center. “A expectativa para 2024 foi fechar com alta de 10%.” Grandes varejistas desse setor impulsionam os números, conforme Neide. Ela mencionou a Leroy Merlin, que trabalha com 15 linhas de marcas exclusivas. “Eles têm hoje marcas próprias em praticamente todas as categorias.”
O principal motivo para a expansão das marcas próprias no país, segundo a análise da Abmapro, é a percepção do consumidor sobre o custo-benefício. “Isso acaba fidelizando o cliente.” De acordo com a entidade, a economia com os preços pode chegar a 25%. Ela também destacou que o setor é resiliente em momentos de crise justamente por apresentar preços competitivos.
Nos Estados Unidos, empresas que dominam o varejo têm marcas próprias. Um estudo de 2024 da Numerator – empresa de dados e tecnologia para pesquisas de mercado – analisou o mercado americano. Segundo o relatório, produtos de marca própria em dez categorias têm penetração entre 53% (no caso do segmento de eletrônicos) e 99% (alimentos e saúde & beleza) nas compras domésticas dos últimos 12 meses. Entre os dez setores, o que tem menor participação de marcas próprias em seu mercado é o de eletrônicos (10,6%). Na ponta oposta está o setor de materiais de escritório (37,8%). Assim como no Brasil, produtos de marcas próprias são vistos como uma boa relação custo-benefício. Para 42%, a escolha por marcas próprias se deve à economia em relação a outros produtos e 59% afirmam que marcas próprias agregam valor acima da média pelo seu preço.
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