Trilhas e sherpas: entenda as expressões dos debates do G20
Publicado 12/11/2024 • 14:03 | Atualizado há 7 meses
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Publicado 12/11/2024 • 14:03 | Atualizado há 7 meses
KEY POINTS
Mesa de abertura do G20, no MAM
Tomaz Silva/Agência Brasil
Os presidentes e líderes dos países que formam o G20, o grupo das maiores economias do mundo, se encontrarão no Rio de Janeiro a partir da segunda-feira (18) para sua reunião anual.
O G20 não é apenas um clube no qual os mandatários conversam, mas também é uma organização que elabora propostas de políticas e tenta encontrar soluções para problemas comuns. Só que os diálogos do G20 acontecem com termos e expressões que não são tão óbvias e que podem causar estranhamento: trilhas e “sherpas”, por exemplo.
Quem quiser entender o que vai ser debatido no Rio de Janeiro precisa, antes, saber qual é o sentido que o G20 dá a palavras como trilhas e sherpas e qual é a lógica por trás das siglas dos grupos de estudos.
Há grupos técnicos de trabalho que se reúnem antes do encontro da cúpula para definir quais serão as pautas da reunião dos chefes de Estado. Daí que aparecem as “trilhas” do G20: elas são os temas sob os quais se reúnem esses grupos.
Uma das trilhas é a trilha de finanças, na qual são debatidos temas como arquitetura financeira global, tributação internacional, economia global, dentre outros. A outra trilha é de assuntos mais diversos, como empoderamento de mulheres, transição energética e combate à corrupção, por exemplo. Essa segunda recebe o nome de trilha dos sherpas.
Originalmente, sherpa é uma etnia que vive na região montanhosa do Nepal, país da Ásia vizinho da China e da Índia. No entanto, o termo passou a designar também os guias que levam alpinistas ao topo das montanhas da cordilheira do Himalaia.
Carlos Alberto Júnior, coordenador de comunicação do G20, diz que a expressão foi incorporada desde o início do G20.
“O sherpa tem esse papel de coordenar todos os grupos de trabalho da sua trilha, que possui temas mais políticos, sociais, quase tudo que não tem a ver com temas que ficam na trilha de finanças. Cada país tem o seu sherpa, independentemente dele estar ou não na presidência do grupo”, afirma Júnior.
A trilha dos sherpas é o conjunto de temas discutidos no G20 que foram decididos por esses representantes. O sherpa do Brasil é o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty.
Essa divisão em trilhas (ou seja, grupos de temas) aconteceu por uma razão histórica: o G20 foi criado em 1999 para, essencialmente, discutir temas financeiros. Houve algumas mudanças a partir de 2008, quando o grupo entendeu que era preciso começar a debater outras questões.
“Naquele momento, decidiu-se dar uma espécie de ‘upgrade’ ao G20. Ele é elevado para o nível de chefes de Estado e passa a ter o formato que tem até hoje: uma reunião anual e uma presidência rotativa”, diz Júnior.
Foi nessa ocasião que decidiu-se ampliar os temas debatidos e passar a chamar os temas antigos de trilha finanças, e os novos, de trilha de “sherpas”.
O G20 é uma reunião para os chefes de Estado e representantes de governo. No entanto, além deles, há participação da sociedade civil.
Os representantes e líderes do mundo dos negócios e das empresas formam o B20 –o B da sigla é da palavra em inglês “business” (negócios). A comunidade tem cerca de 900 representantes empresariais e propõe recomendações de políticas. No Brasil, os trabalhos são organizados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Veja outras siglas de grupos que fazem recomendações aos países do G20:
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