Falando no AI Action Summit em Paris, França, Vance alertou que regimes autoritários têm roubado e usado a inteligência artificial para fortalecer suas capacidades militares e de vigilância, capturar dados estrangeiros e criar propaganda para desestabilizar a segurança nacional de outros países.
“Quero deixar claro: este governo bloqueará tais esforços, ponto final”, afirmou Vance. “Vamos proteger a IA e a tecnologia de chips americanas contra roubo e uso indevido, trabalhar com nossos aliados e parceiros para reforçar essas proteções e impedir que adversários obtenham capacidades de IA que representem ameaças para todos nós.”
China no centro das atenções
O AI Action Summit desta semana tem focado amplamente no modelo de inteligência artificial DeepSeek, da China, que afirmou alcançar desempenho comparável ao modelo o1 da OpenAI, mas com um custo muito menor.
Embora Vance não tenha citado o DeepSeek diretamente, ele fez críticas às tecnologias baratas e fortemente subsidiadas, frequentemente exportadas por regimes autoritários.
“Todos nós conhecemos tecnologias baratas no mercado que foram fortemente subsidiadas e exportadas por regimes autoritários”, disse ele.
Em um comentário indireto direcionado a aliados dos EUA presentes no evento, Vance acrescentou que “nunca vale a pena” colaborar com empresas que operam sob esses regimes.
“Trabalhar com essas partes significa prender sua nação a um mestre autoritário, que busca infiltrar-se, se estabelecer e tomar controle da sua infraestrutura de informações”, alertou o vice-presidente americano.
Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
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