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Rússia e EUA negociam fim da guerra na Ucrânia, mas Europa não chega a um acordo
Publicado 18/02/2025 • 08:41 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 18/02/2025 • 08:41 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
O enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, o Secretário de Estado Marco Rubio, o Conselheiro de Segurança Nacional Mike Waltz, o Ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Príncipe Faisal bin Farhan al-Saud, o Conselheiro de Segurança Nacional Mosaad bin Mohammad al-Aiban, o conselheiro de política externa do presidente russo, Yuri Ushakov, e o Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, participam de uma reunião no Palácio Diriyah de Riad em 18 de fevereiro de 2025.
Evelyn Hockstein / POOL / AFP
Autoridades russas e norte-americanas realizam nesta terça-feira (18) sua primeira reunião formal em anos, ao se encontrarem na Arábia Saudita para discutir as bases de negociações sobre o fim da guerra na Ucrânia.
O encontro entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, iniciado nesta manhã, marca a primeira reunião formal entre altos diplomatas dos dois países desde janeiro de 2022. Naquela ocasião, o então secretário de Estado Antony Blinken e Lavrov se encontraram em Genebra, poucas semanas antes da invasão russa à Ucrânia.
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O enviado dos EUA, Steve Witkoff, e o assessor de Segurança Nacional, Mike Waltz, participam da reunião, enquanto Lavrov está acompanhado do assessor do Kremlin, Yury Ushakov, segundo a mídia estatal russa. Não há previsão de um encontro privado entre Rubio e Lavrov.
A reunião de alto nível acontece depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na semana passada que ele e o presidente russo, Vladimir Putin, concordaram em iniciar negociações para encerrar a guerra na Ucrânia, que já dura três anos.
Ambos os lados parecem minimizar as expectativas sobre os resultados deste primeiro encontro. A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, disse a jornalistas na segunda-feira (17) que a reunião em Riad foi organizada para “determinar se os russos talvez estejam falando sério e se estão na mesma sintonia”.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou ainda que o encontro servirá para discutir a restauração das relações bilaterais e “preparativos para possíveis negociações de paz na Ucrânia”, além de um futuro encontro entre Trump e Putin, segundo declarações traduzidas pela NBC News.
Kirill Dmitriev, chefe do fundo soberano da Rússia, também integra a delegação russa em Riad, sinalizando que Moscou deseja enfatizar os benefícios econômicos de uma reaproximação.
Falando a veículos de comunicação russos nesta terça-feira (18), Dmitriev estimou que “empresas dos EUA perderam cerca de US$ 300 bilhões ao deixarem a Rússia”. Segundo ele, “o impacto econômico sobre vários países tem sido enorme, e acreditamos que a solução passa por negociações”, afirmou à agência Interfax.
Representantes da Ucrânia não estarão presentes nas negociações em Riad, conforme informou o governo de Kiev. Aliados europeus também permanecem excluídos das conversas, pelo menos por enquanto.
A liderança ucraniana já alertou que não aceitará nenhum acordo de paz que vá contra seus interesses. Ao mesmo tempo, líderes europeus, durante a Conferência de Segurança de Munique no último fim de semana, advertiram que qualquer acordo fechado sem sua participação não terá eficácia.
Na segunda-feira, líderes europeus realizaram uma reunião de emergência em Paris, na qual concordaram sobre a necessidade de um aumento expressivo nos gastos com defesa. No entanto, não chegaram a um consenso sobre o envio de tropas de manutenção da paz à Ucrânia como parte de um plano para o pós-guerra.
O Reino Unido declarou estar disposto a enviar tropas de manutenção da paz para a Ucrânia, mas afirmou que os EUA precisariam garantir um “apoio de retaguarda” para a operação. Dinamarca e França sinalizaram disposição para considerar o envio de soldados ao país.
Outros países, incluindo alguns dos maiores apoiadores da Ucrânia, como Polônia e Alemanha, demonstram cautela. O chanceler alemão, Olaf Scholz, criticou abertamente a ideia, chamando-a de “completamente prematura” e “altamente inadequada”. Já os líderes da Itália, Espanha e Noruega se mostraram mais céticos quanto à proposta.
Ansioso para manter uma relação próxima com o presidente Trump, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, deve se encontrar com o líder norte-americano na próxima semana. Enquanto isso, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que conversou com Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após a reunião de emergência.
“Queremos uma paz forte e duradoura na Ucrânia. Para isso, a Rússia precisa encerrar sua agressão, e essa solução deve ser acompanhada por garantias de segurança sólidas e credíveis para os ucranianos. Caso contrário, há o risco de este cessar-fogo ter o mesmo destino dos Acordos de Minsk. Vamos trabalhar nisso com todos os europeus, americanos e ucranianos. Esse é o ponto-chave”, declarou Macron na plataforma X.
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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