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Black Friday 2024: como se proteger de golpes durante as compras? Veja dicas

Publicado 12/11/2024 • 12:57

Giovanni Porfírio, do Times Brasil | CNBC

KEY POINTS

  • A Black Friday 2024 traz oportunidades de desconto mas também riscos de golpes.
  • Consumidores devem se atentar a sites falsos de e-commerce e ofertas enganosas que visam roubar dados financeiros ou vender produtos inexistentes.
  • Em caso de fraude, o consumidor deve guardar todas as evidências da compra e, se necessário, recorrer aos órgãos de defesa do consumidor como o PROCON.
Black Friday

Reprodução Pixabay

Considerada uma das principais datas do varejo brasileiro, a Black Friday 2024 é uma oportunidade de conseguir grandes descontos em produtos de vários segmentos. No entanto, em um período de alto volume de compras, surgem os golpistas, que se aproveitam da pressa e entusiasmo dos consumidores para aplicar fraudes.

Sites falsos

Entre os golpes mais comuns, destacam-se os sites falsos de e-commerce, criados por criminosos para simular grandes varejistas. Eles oferecem produtos com grandes descontos para atrair compradores, mas têm como objetivo roubar dados financeiros ou vender mercadorias inexistentes.

“Outra prática frequente são as ofertas que parecem ‘boas demais para serem verdade’, com descontos exagerados que atraem compradores que acabam pagando por produtos que nunca serão entregues ou que não correspondem ao anunciado”, afirma Mariana Filgueiras, sócia na área cível do escritório Marcelo Tostes Advogados e especialista em Direito do Consumidor.

Phishing

Neste sentido, são comuns ainda as fraudes de “phishing”, nas quais os criminosos enviam e-mails, mensagens de texto ou em redes sociais com links maliciosos ou formulários falsos, pedindo para o usuário inserir dados bancários, senhas ou informações pessoais. 

“As fraudes no pagamento também são um problema, pois alguns golpistas utilizam métodos alternativos como boletos falsos, QR codes fraudulentos e transferências bancárias para redirecionar o dinheiro para contas falsas, resultando em perda financeira para o consumidor”, explica a especialista.

Black Friday: como identificar se uma oferta é genuína ou uma fraude?

Para identificar se uma oferta é genuína ou uma fraude, os consumidores podem adotar algumas práticas simples.

  • Um primeiro passo é verificar o site da loja, procurando sinais de segurança, como o cadeado ao lado do endereço e o prefixo “https” – URLs estranhas, com erros ortográficos ou caracteres incomuns, devem ser evitadas. 
  • É fundamental pesquisar sobre o vendedor, consultar avaliações e a reputação da loja em sites de reclamação e redes sociais. Segundo Mariana, comprar em lojas com poucas informações ou muitas reclamações, principalmente sobre mercadorias não entregues ou de baixa qualidade, é um grande risco. 
  • Ela diz que “também é recomendável comparar os preços, pois ofertas com descontos muito acima do mercado podem ser sinal de fraude. Ao pesquisar e comparar o valor do produto em diferentes sites, o consumidor tem mais chances de identificar promoções enganosas”.
  • É importante usar formas de pagamento seguras, como cartões de crédito ou plataformas de pagamento confiáveis. Outra dica é manter o antivírus e o sistema operacional atualizados para evitar ataques cibernéticos. “Antes de finalizar a compra, leia as políticas de troca e devolução e verifique as avaliações de outros consumidores. Finalmente, ao receber um e-mail com promoções, sempre desconfie de links desconhecidos e prefira acessar o site diretamente, ao invés de clicar em links enviados”, diz.

Vou comprar em loja física na Black Friday: preciso tomar algum cuidado?

Ao fazer compras em lojas físicas, o consumidor também precisa redobrar a atenção para evitar fraudes. Neste caso, é fundamental verificar a autenticidade das promoções, certificando-se de que a mercadoria realmente está com o desconto anunciado e que não se trata de oferta enganosa. 

Além disso, Mariana Filgueiras, especialista em Direito do Consumidor, recomenda checar a autenticidade dos produtos, observando se a embalagem está lacrada, se o item possui selo de autenticidade e se a loja é confiável e autorizada. 

“Um exemplo comum são os smartphones, cujos preços muito baixos podem indicar que o produto é recondicionado ou falsificado. Por isso, é sempre essencial verificar se as embalagens estão lacradas e se há algum selo ou garantia que comprove a qualidade”, afirma.

Empresas e plataformas de e-commerce estão tomando medidas para combater fraudes durante a Black Friday

As empresas de e-commerce têm adotado medidas cada vez mais sofisticadas para combater fraudes durante a Black Friday, combinando tecnologias avançadas e práticas de segurança eficazes. Uma das mais utilizadas é o uso de inteligência artificial para monitorar o comportamento do consumidor. 

“Quando uma compra foge do perfil usual do cliente, o sistema pode acionar um alerta e enviar uma mensagem de confirmação para verificar se a transação foi realmente realizada pela pessoa. Além disso, muitas plataformas investem em sistemas de criptografia avançados e filtros antifraude para detectar e bloquear transações suspeitas em tempo real”, afirma Mariana.

No geral, a prevenção de fraudes se tornou uma prioridade para as empresas de comércio eletrônico, que também adotam protocolos de autenticação de dois fatores e análise de risco para confirmar a autenticidade das transações antes da conclusão da compra, e que serão essenciais para coibir possíveis armadilhas aos compradores durante a Black Friday

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