Tendência é que preços de alimentos subam menos, diz Abras

Publicado 20/02/2025 • 18:58 | Atualizado há 1 mês

KEY POINTS

Alguns produtos da cesta básica, como óleo e leite, devem ter diminuição de preços nos próximos meses.
Na comparação com 2023, houve uma alta de 2,2% no consumo, que a Abras atribui ao baixo desemprego.
A associação apresentou ao governo sugestões de como baixar os preços dos alimentos.

A tendência da trajetória de preços nos supermercados é de um arrefecimento das altas e, talvez, até mesmo uma baixa, afirmou Marcio Milan, vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

Segundo ele, diversos bens essenciais da cesta de consumo, como óleo de soja e leite, devem começar a apresentar quedas de preços. Outros já estão em queda –ele cita o feijão, que acumula baixa de quase 18% nos últimos meses.

Há outros produtos, como o café, que aumentaram muito. Ao ser perguntado sobre esse preço, ele afirma que o consumidor pode dosar o café com leite para ter menos café (cujo preço subiu) e mais leite (que baixou).

Desemprego e consumo

O dirigente da Abras afirmou também que na comparação interanual houve um crescimento de cerca de 2,2% do consumo. Ele credita isso a uma melhora do desemprego.

Milan também falou sobre o encontro de representantes da Abras com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do governo no ano passado –o tema da reunião foi justamente os preços, e a entidade de supermercados deu sugestões para desonerar o setor.

Entre elas, estava a de repensar os vouchers como vale-refeição e vale-alimentação. De acordo com Milan, os varejistas precisam pagar uma porcentagem grande de suas vendas quando recebem por esse meio de pagamentos e, para compensar, aumentam os preços dos produtos.

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