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Lucro da Berkshire, de Warren Buffett, dispara 71% no 4º trimestre, e reservas de caixa têm recorde de US$ 334 bilhões
Publicado 22/02/2025 • 16:13 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 22/02/2025 • 16:13 | Atualizado há 2 meses
Warren Buffett, Chairman, CEO and largest shareholder of Berkshire Hathaway takes part in interviews before a fundraising luncheon for the nonprofit Glide Foundation in New York September 8, 2015. REUTERS/Lucas Jackson
O conglomerado liderado por Warren Buffett informou que seu lucro operacional — que abrange os ganhos das empresas integralmente controladas pela companhia — disparou para US$ 14,527 bilhões nos últimos três meses de 2024.
O crescimento foi impulsionado por um salto impressionante de 302% na subscrição de seguros em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$ 3,409 bilhões.
A Berkshire Hathaway anunciou no sábado um enorme aumento nos lucros do quarto trimestre provenientes de suas operações, impulsionado principalmente pelo setor de seguros, enquanto suas reservas de caixa atingiram níveis recordes.
O lucro operacional da empresa subiu 71%, chegando a US$ 14,527 bilhões no último trimestre de 2024, com destaque para a alta de 302% na subscrição de seguros. Além disso, a receita de investimentos em seguros cresceu quase 50%, atingindo US$ 4,088 bilhões.
No acumulado do ano, o lucro operacional aumentou 27%, totalizando US$ 47,437 bilhões.
“Em 2024, a Berkshire teve um desempenho melhor do que eu esperava, embora 53% das nossas 189 empresas operacionais tenham registrado queda nos lucros. Fomos beneficiados por um grande e previsível ganho na receita de investimentos, já que os rendimentos dos títulos do Tesouro aumentaram e expandimos significativamente nossa posição nesses ativos altamente líquidos e de curto prazo”, afirmou Buffett em sua carta anual aos acionistas. “Nosso negócio de seguros também apresentou um grande aumento nos lucros, impulsionado pelo desempenho da GEICO.”
Ainda assim, a Berkshire alertou que os incêndios florestais que atingiram o sul da Califórnia resultarão em uma perda estimada antes dos impostos de aproximadamente US$ 1,3 bilhão para seu segmento de seguros.
Reservas de caixa ultrapassam US$ 330 bilhões
A Berkshire Hathaway encerrou 2024 com US$ 334,2 bilhões em caixa, um aumento em relação aos US$ 325,2 bilhões registrados no final do terceiro trimestre. Essa enorme reserva reflete a dificuldade de Buffett em encontrar um novo grande alvo de investimento.
Na carta anual, Buffett defendeu o elevado volume de caixa:
“Apesar do que alguns comentaristas consideram uma posição de caixa extraordinária na Berkshire, a grande maioria do seu dinheiro continua investida em ações. Essa preferência não mudará. Embora nossa participação em ações negociadas em bolsa tenha diminuído no ano passado, de US$ 354 bilhões para US$ 272 bilhões, o valor de nossas empresas controladas não cotadas aumentou e continua sendo muito superior ao portfólio de ações negociadas,” afirmou.
Os ganhos com investimentos desaceleraram no quarto trimestre, totalizando US$ 5,167 bilhões, em comparação com US$ 29,093 bilhões no mesmo período do ano anterior. De fato, a Berkshire reduziu seus investimentos em ações ao longo de 2024, vendendo, notadamente, uma parte de sua participação na Apple.
Vale lembrar que a empresa sempre ressalta em seus relatórios financeiros que “o valor dos ganhos ou perdas com investimentos em qualquer trimestre específico geralmente é irrelevante e pode gerar números de lucro líquido por ação que podem ser extremamente enganosos para investidores sem conhecimento aprofundado das regras contábeis.”
No total, o lucro líquido da Berkshire no trimestre foi de US$ 19,694 bilhões, uma queda de 47% em relação aos US$ 37,574 bilhões registrados no mesmo período de 2023. No acumulado do ano, o lucro líquido da companhia foi de US$ 88,995 bilhões, uma redução de 7,5% em relação aos US$ 96,223 bilhões do ano anterior.
Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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