Segundo Jeremy Siegel, professor de finanças da Wharton School da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, o mercado de ações pode ter um impulso maior com o presidente eleito Donald Trump do que com qualquer outra administração anterior.
“Trump é o presidente mais pró-mercado de ações que já tivemos na história”, afirmou Siegel na segunda-feira, no programa “Squawk Box” da CNBC. “Ele mediu o sucesso de seu primeiro mandato pelo desempenho do mercado de ações. Para mim, parece muito improvável que ele vá implementar políticas que prejudiquem o mercado.”
O mercado já atingiu novos recordes em reação à vitória de Trump, e investidores apostam que suas promessas de cortes de impostos e desregulamentação vão impulsionar o crescimento e beneficiar ativos de risco.
Na segunda semana de novembro houve dois recordes:
- O índice S&P 500 subiu 4,66%, e registrou seu melhor desempenho desde novembro de 2023 e ultrapassando a marca de 6.000 pontos pela primeira vez.
- O índice Dow Jones Industrial Average também alcançou um novo marco, ultrapassando os 44.000 pontos após as eleições.
Empresários que apoiam Trump
Investimentos considerados como os maiores beneficiários de uma presidência de Trump tiveram uma explosão ao longo da semana.
- As ações da Tesla dispararam 29% –a avaliação de mercado alcançou US$ 1 trilhão (R$ 5,7 trilhões) –Elon Musk, o principal acionista, é um apoiador de Trump.
- Ações de bancos como JPMorgan Chase e Wells Fargo também registraram fortes altas.
- O Bitcoin continuou batendo recordes, com traders esperando uma regulamentação mais branda sob Trump.
Política fiscal
Siegel afirma que os cortes de impostos corporativos implementados por Trump em 2017 provavelmente serão prorrogados.
“Acho que a extensão dos cortes de impostos de 2017 é praticamente garantida, mas a expansão para todos os demais cortes será certamente muito mais difícil,” afirmou Siegel.
Ainda assim, a política comercial de Trump, incluindo sua promessa de impor tarifas elevadas aos parceiros comerciais, pode prejudicar o crescimento e intensificar pressões inflacionárias em um momento em que o Federal Reserve (banco central dos EUA) passou mais de dois anos elevando as taxas de juros para conter o aumento dos preços.
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