China anuncia tarifas de até 15% sobre produtos dos EUA a partir de 10 de março
Publicado 04/03/2025 • 07:02 | Atualizado há 13 horas
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Publicado 04/03/2025 • 07:02 | Atualizado há 13 horas
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REUTERS/Kevin Lamarque/File Photo
O governo da China anunciou nesta terça-feira (5) que irá impor tarifas adicionais de até 15% sobre alguns produtos norte-americanos a partir de 10 de março, além de restringir exportações para 15 empresas dos Estados Unidos.
As medidas retaliatórias, divulgadas pelos Ministérios das Finanças e do Comércio da China, ocorrem logo após a entrada em vigor de novas tarifas dos EUA sobre produtos chineses.
As novas tarifas chinesas atingem, principalmente, bens agrícolas dos EUA, como milho e soja, que serão taxados em 15% e 10%, respectivamente, segundo comunicado publicado no site do Ministério das Finanças.
Durante coletiva de imprensa, Lou Qinjian, porta-voz do terceiro encontro da 14ª Assembleia Popular Nacional, afirmou que a China não aceitará pressões ou ameaças dos EUA, embora reconheça que os dois países têm divergências. A assembleia inicia sua reunião anual nesta quarta-feira (5).
Mais cedo, o Ministério do Comércio da China divulgou um comunicado afirmando que Pequim “rejeita firmemente” as tarifas impostas pelos EUA e tomará contramedidas. O governo chinês ressaltou que os novos impostos prejudicam as relações comerciais entre os dois países e pediu que Washington revogue as medidas.
A Casa Branca, por sua vez, confirmou que novas tarifas de 10% sobre produtos chineses entraram em vigor nesta terça-feira (4). Com isso, o total de novas tarifas impostas pelos EUA chega a 20% em apenas um mês.
Especialistas alertam para uma possível escalada da guerra comercial. Frederique Carrier, chefe de estratégia de investimentos do RBC Wealth Management, afirmou à CNBC que países afetados pelas tarifas dos EUA, incluindo China, Canadá e México, devem responder de forma direcionada, em vez de uma retaliação exata.
Após a primeira rodada de tarifas dos EUA em fevereiro, a China já havia reagido com o aumento de impostos sobre importações de energia dos EUA e a inclusão de duas empresas norte-americanas em uma lista de entidades não confiáveis, restringindo sua atuação no país asiático.
Com as novas medidas, a taxa média de tarifa efetiva dos EUA sobre produtos chineses subirá para 33%, ante 13% no início do novo mandato de Donald Trump, segundo estimativas.
Na segunda-feira (3), o Global Times, jornal estatal chinês, informou que Pequim considerava impor tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA, citando fontes do governo.
Os produtos agrícolas, como a soja, são a principal exportação dos EUA para a China, representando 1,2% do total e somando US$ 22,3 bilhões em 2023, segundo dados da Allianz Research. O setor de petróleo e gás ficou em segundo lugar, com 1% (US$ 19,3 bilhões), seguido pelo setor farmacêutico, com 0,8% (US$ 15,6 bilhões).
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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