Tarifas de Trump ‘rasgam’ princípios históricos, diz diretor de comércio internacional
Publicado 05/03/2025 • 17:09 | Atualizado há 15 horas
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Publicado 05/03/2025 • 17:09 | Atualizado há 15 horas
KEY POINTS
A política tarifária de Donald Trump vem sendo feita de forma escalonada, e os outros países estão apreensivos porque as medidas do presidente dos Estados Unidos são contra princípios antigos de comércio internacional, disse José Pimenta, diretor de relações governamentais e comércio internacional na BMJ Consultoria, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC,
“No início, ele (Trump) falou que ia colocar algumas tarifas. Depois, deu a entender que aplicaria novas tarifas, e mesmo com analistas de mercado acreditando que eram apenas ameaças, ele vem cumprindo essas promessas”, ele afirmou. “O mundo está apreensivo porque ele começou a rasgar alguns princípios do comércio internacional que foram estabelecidos há mais de 50 anos”.
Pimenta comparou as políticas tarifárias de Trump ao comércio mercantilista dos séculos passados: “Para Trump, um país é saudável economicamente quando ele exporta mais do que importa; esse é o norte dele para a política comercial”.
“No entanto, o que aconteceu no mundo nos últimos 200 anos é o oposto disso. É óbvio que exportar é muito bom, mas importar também é muito bom e a partir daí o país controla a economia fazendo um balanceamento em relação a isso. O mundo caminhou para as cadeias globais e regionais de valor, e Trump ainda está no mercantilismo”, completou o diretor.
A China vem buscando alternativas para suprir o comércio internacional após as tarifas elevadas aplicadas por Trump. Para Pimenta, a estratégia do país é baseada nas opções de importação e exportação disponíveis além dos EUA.
“A China consegue ter essa capilaridade, e consegue entender melhor de onde e como vai se abastecer em termo de suprimentos. A negociação dos EUA com o México e o Canadá deve ocorrer, mas com a China, não vai acontecer na mesma velocidade, porque o governo chinês tem outros fornecedores que devem suprir a diminuição do comércio com os americanos”.
Em relação ao Brasil, o diretor traçou dois caminhos para o país em meio à guerra comercial travada por Estados Unidos, China e Europa. “A primeira questão é como negociar com Trump. Hoje, a corrente de comércio entre os países é de US$ 80 bilhões, e o maior estoque de investimentos no Brasil é de empresas norte-americanas. É necessário negociar com cautela, sem grandes polêmicas”.
“O segundo ponto é saber explorar as oportunidades. Como as tarifas já estão em vigor, com um valor de 25% para a China, os contatos entre fornecedores brasileiros e países asiáticos vão se acelerar. O Brasil deve entender o planejamento de curto e médio prazo desses países, porque a China, por exemplo, precisa produzir e alimentar um contingente populacional muito grande”, ele afirmou.
Pimenta disse que o mundo já está em transformação em relação ao comércio entre países. “As organizações multilaterais não dão conta do recado em relação à regulação, seja ela ambiental, comercial ou de defesa própria. Os países estão procurando formar alianças bilaterais e regionais, e a principal mensagem é a importância de cada país saber o que quer na arena comercial. O comércio é impulsionador de crescimento econômico, de produtividade e de competitividade”.
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