A contratação de profissionais com base em habilidades, em vez de priorizar formação acadêmica ou experiência anterior, é uma estratégia eficaz para aumentar a presença feminina em setores do mercado de trabalho onde a participação delas ainda é pequena, disse Ana Claudia Plihal, head de Soluções para Talentos do LinkedIn Brasil, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Segundo ela, essa mudança tem contribuído para reduzir o gap de gênero em várias áreas profissionais.
Plihal disse que, no Brasil, quando as contratações são realizadas com foco nas habilidades, a participação das mulheres cresce em 12%. “Quando a gente passa a se desvincular desses títulos para buscar essas características por meio de experiências ou outras formações não tão estruturadas que existem no mercado, acaba-se ampliando as oportunidades”, afirmou.
A executiva também abordou como o viés inconsciente impacta oportunidades para as mulheres em cargos de liderança. “A comunicação e o convite para que mulheres participem de processos seletivos com uma linguagem mais inclusiva também fazem parte desse movimento”, disse.
A presença feminina em setores como ciência, tecnologia e engenharia, que são mais resilientes à desaceleração econômica, também tem mostrado sinais positivos. No entanto, a especialista afirmou que, apesar dos avanços, a equidade de gênero no mercado de trabalho no Brasil e na América Latina ainda está distante.
“Se a gente continuar no ritmo atual, o Brasil e a América Latina devem levar meio século para alcançar a equidade de gênero no mercado de trabalho”, disse Plihal.
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