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China pede ‘coexistência pacífica’ com os EUA apesar das diferenças

Publicado 07/03/2025 • 10:19 | Atualizado há 2 meses

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, adotou um tom mais conciliador em relação aos Estados Unidos durante uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (7), contrastando com a linguagem mais agressiva do ministério no início da semana.
  • Embora Wang tenha afirmado que os EUA não deveriam impor "tarifas arbitrárias" ou responder a gestos de boa vontade com hostilidade, ele enfatizou que os dois países farão parte do mundo por um longo tempo.
O ministro dos Relações Exteriores da China, Wang Yi

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, adotou um tom mais conciliador em relação aos Estados Unidos durante uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (7), contrastando com a linguagem mais agressiva do ministério no início da semana.

Embora Wang tenha afirmado que os EUA não deveriam impor “tarifas arbitrárias” ou responder a gestos de boa vontade com hostilidade, ele enfatizou que ambos os países farão parte do mundo por um longo tempo, tornando necessária uma “coexistência pacífica”.

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“Dado o amplo interesse comum e o vasto espaço para cooperação, é totalmente possível que a China e os EUA se tornem parceiros ajudando um ao outro a ter sucesso”, disse Wang.

Ele dedicou grande parte dos cerca de 90 minutos da entrevista coletiva para falar sobre os esforços da China em melhorar as relações com outros países e apoiar os interesses de nações não ocidentais.

Wang também é diretor do Escritório de Assuntos Estrangeiros da Comissão Central do Partido Comunista da China, o que o torna o diplomata mais sênior do país. Ele falou com jornalistas durante a reunião parlamentar anual da China, conhecida como “Duas Sessões”.

Seus comentários ocorreram logo após a China responder às crescentes tarifas comerciais impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

“Se guerra é o que os EUA querem, seja uma guerra tarifária, uma guerra comercial ou qualquer outro tipo de guerra, estamos prontos para lutar até o fim”, afirmou a Embaixada Chinesa nos EUA em uma publicação na quarta-feira (5) na plataforma X (antigo Twitter).

As tensões entre os EUA e a China aumentaram nos últimos dias. No início da semana, Trump impôs mais 10% de tarifas sobre produtos chineses, ao que Pequim respondeu com tarifas direcionadas sobre produtos agrícolas americanos e restrições a várias empresas dos EUA.

O ministro do Comércio da China, Wang Wentao, indicou a jornalistas na quinta-feira que Pequim estaria disposta a se reunir com os EUA para discutir o comércio.

Guerra entre Rússia e Ucrânia

Wang afirmou nesta sexta-feira (7) que Pequim deseja desempenhar um papel construtivo na busca por uma “paz duradoura” na guerra entre Rússia e Ucrânia, ao mesmo tempo, em que ressaltou que a amizade da China com Moscou não mudará.

Ele também defendeu uma solução de dois Estados para a questão de Gaza, acrescentando que a situação atual representa apenas um progresso parcial rumo a essa resolução.

O chanceler chinês ainda declarou que a “supressão externa injustificada” não impediu o desenvolvimento tecnológico da China e destacou que Pequim está disposta a compartilhar sua tecnologia com outros países, em vez de mantê-la apenas para si.

Em um orçamento proposto nesta semana para os gastos do governo neste ano, a China planeja aumentar os investimentos em iniciativas diplomáticas em 8,4%, em comparação com um aumento de 6,6% no ano passado.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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