Após fusão frustrada com a Honda, CEO da Nissan deixará o cargo em abril
Publicado 11/03/2025 • 11:18 | Atualizado há 22 horas
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Publicado 11/03/2025 • 11:18 | Atualizado há 22 horas
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Divulgação/Nissan
Divulgação/Nissan
O CEO da Nissan, Makoto Uchida, deixará o cargo em 1º de abril, informou a empresa nesta terça-feira (11). Ele será sucedido pelo atual diretor de planejamento, Ivan Espinosa, que se tornará o quarto CEO da montadora em oito anos.
A mudança na liderança ocorre menos de um mês após a Nissan e a Honda encerrarem as negociações de fusão.
O potencial acordo de US$ 60 bilhões — que poderia ter criado a terceira maior montadora do mundo em volume de vendas — fracassou em meio a acusações de “orgulho e negação” na Nissan, bem como sua recusa em fechar fábricas, segundo fontes citadas pela Reuters.
A iniciativa da Honda de transformar a Nissan em sua subsidiária e pressionar por cortes mais profundos de pessoal na montadora japonesa também dificultaram o avanço das negociações, segundo o relatório.
Além de Uchida, outros altos executivos que deixarão seus cargos em 1º de abril incluem a diretora de marca e relacionamento com clientes, Asako Hoshino, e o diretor de estratégia e assuntos corporativos, Hideaki Watanabe.
As mudanças na gestão ocorrem após um fraco desempenho da montadora japonesa, que registrou uma queda de 78% no lucro operacional no terceiro trimestre encerrado em dezembro de 2024, em comparação com o ano anterior.
A empresa também relatou um prejuízo líquido de 14,1 bilhões de ienes (US$ 95,7 milhões), uma reversão significativa em relação ao lucro de 29,1 bilhões de ienes no mesmo período do ano anterior.
A Nissan reduziu suas previsões para o ano fiscal, que termina em março, tanto para a receita quanto para o lucro operacional, estimando agora 12,5 trilhões de ienes e 120 bilhões de ienes, respectivamente, ante projeções anteriores de 12,7 trilhões de ienes e 150 bilhões de ienes. A empresa também previu um prejuízo líquido de 80 bilhões de ienes para o ano.
A necessidade de investimentos significativos em novas tecnologias de veículos elétricos e direção autônoma, aliada à concorrência global, tem representado grandes desafios para a empresa.
Falando em uma coletiva de imprensa após o anúncio, Espinosa disse que “acabou de descobrir” sobre sua nomeação e não tinha uma declaração preparada, mas expressou sua gratidão ao conselho por confiar nele para liderar a empresa em um “momento desafiador”.
“Cresci na Nissan e passei muitos anos trabalhando em divisões ao redor do mundo… essa trajetória moldou meu entendimento sobre o que torna a Nissan única e valiosa”, afirmou. “Acredito sinceramente que a Nissan tem muito mais potencial do que estamos vendo hoje.”
Espinosa trabalha na Nissan desde 2003, segundo sua página corporativa, tendo iniciado sua trajetória como especialista de produto na divisão da empresa no México, seguido de cargos na Tailândia e no Japão.
“Diante dos desafios do setor e do desempenho da Nissan, acreditamos que é necessário e apropriado mudar a equipe de alta administração”, disse Yasushi Kimura, presidente do conselho de administração da Nissan, durante a mesma coletiva de imprensa, por meio de um tradutor.
“A Nissan está em meio a uma transformação, e acreditamos que [Espinosa] é a pessoa certa para liderar a empresa neste momento.”
O CEO Uchida, por sua vez, disse aos jornalistas que “não conseguiu conquistar a confiança” de alguns funcionários da Nissan desde que anunciou um plano de reestruturação no ano passado.
Ele destacou que “esclarecer rapidamente a direção da Nissan e passar o bastão para meu sucessor o mais rápido possível” era a melhor maneira de garantir o futuro da empresa.
As ações da Nissan têm apresentado volatilidade nos últimos cinco meses, em meio às negociações e ao cancelamento da fusão com a Honda. No acumulado do ano, os papéis da empresa registram queda de 8,5%.
A montadora francesa Renault, parceira de longa data da Nissan na Europa, afirmou nesta terça-feira que tomou nota da decisão do conselho de nomear um novo CEO. Nos últimos anos, a Renault reduziu sua participação acionária na Nissan, embora as empresas mantenham interesses compartilhados em projetos, incluindo a empresa de software para veículos elétricos Ampere.
“A Renault apoia a intenção da Nissan de implementar um plano completo de reestruturação. O mais importante é que a Nissan precisa se reerguer”, disse um porta-voz da Renault à CNBC.
“Estamos confiantes de que Ivan Espinosa se empenhará em continuar a relação estabelecida entre a Nissan e o Grupo Renault nos últimos anos.”
As ações da Renault subiam 1,14% na manhã desta terça-feira.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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