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China anuncia plano para acelerar consumo e fortalecer a economia

Publicado 17/03/2025 • 08:49 | Atualizado há 20 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • A China anunciou no domingo um “Plano de Ação Especial para Impulsionar o Consumo”, em uma tentativa de estimular o consumi doméstico na segunda maior economia do mundo.
  • O Escritório Geral do Comitê Central afirmou que o plano visa impulsionar vigorosamente o consumo, expandir a demanda interna e “aumentar a capacidade de consumo por meio do aumento da renda e da redução de encargos”.
  • O amplo comunicado também delineou outras medidas, como a adoção de “múltiplas ações” para estabilizar o mercado de ações.
Bandeira da China.

Bandeira da China.

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A China anunciou no domingo um “Plano de Ação Especial para Impulsionar o Consumo”, em uma tentativa de estimular o consumo doméstico na segunda maior economia do mundo.

O Escritório Geral do Comitê Central, um órgão diretamente subordinado ao partido governante da China, afirmou que o plano visa impulsionar vigorosamente o consumo, expandir a demanda interna e “aumentar a capacidade de consumo por meio do aumento da renda e da redução de encargos”, segundo uma tradução automática do Google do relatório.

O amplo comunicado também delineou outras medidas, como a adoção de “múltiplas ações” para estabilizar o mercado de ações e o desenvolvimento de mais produtos de renda fixa adequados para investidores individuais.

Os índices CSI 300, da China, e Hang Seng, de Hong Kong, registraram leves altas na segunda-feira, com ganhos em torno de 0,1%.

O anúncio ocorre uma semana depois de o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, apresentar um relatório anual sobre o trabalho do governo, no qual destacou o estímulo ao consumo como a principal prioridade para o próximo ano.

Na ocasião, os formuladores de políticas da China já haviam reconhecido cada vez mais a necessidade de combater a pressão deflacionária no país.

Atualmente, a China enfrenta um cenário de consumo enfraquecido, com o índice de preços ao consumidor registrando em fevereiro sua queda mais acentuada em mais de um ano, enquanto o índice de preços ao produtor está em território contracionista desde outubro de 2022.

O plano anunciado no domingo também prevê medidas para impulsionar o turismo interno e receptivo, incluindo incentivos para regiões de neve e gelo se tornarem destinos turísticos de inverno reconhecidos globalmente. Além disso, haverá uma ampliação dos acordos unilaterais de isenção de visto e otimização das políticas regionais de entrada.

Embora o plano não pareça conter “nada de muito novo, apresentá-lo como um plano de ação sinaliza que medidas concretas em nível local serão adotadas”, afirmou Lynn Song, economista-chefe do ING para a Grande China, à CNBC.

Mais importante ainda, segundo Song, o plano demonstra o compromisso da China em abordar questões estruturais de longo prazo, como a desaceleração dos salários, o efeito negativo da perda de riqueza nos mercados imobiliário e de ações, além da insuficiência da rede de proteção social.

O plano prevê ações para aumentar a renda de residentes urbanos e rurais, bem como de agricultores, incluindo planos de apoio ao emprego e a continuidade da política de seguro-desemprego.

Song destacou que “essas são direções de longo prazo, e não algo que pode ser resolvido em poucos meses. De certa forma, é encorajador ver que os formuladores de políticas estão analisando essas questões com seriedade, o que deve ajudar na transição para uma economia mais impulsionada pelo consumo no longo prazo”.

“Como dizem, Roma não foi construída em um dia – e nem a BYD e a liderança da China no setor de veículos elétricos. Muitas das principais diretrizes políticas da China levam tempo para gerar resultados, e este documento planta as sementes para o desenvolvimento de longo prazo da indústria de consumo”, acrescentou Song.

Em março, formuladores de políticas chineses já haviam afirmado que o país deveria focar mais na demanda interna, considerando a possibilidade de “novos choques” na demanda externa, segundo Shen Danyang, chefe do grupo de redação do Relatório de Trabalho do Governo e diretor do Escritório de Pesquisa do Conselho de Estado.

Líderes chineses também prometeram, em uma reunião parlamentar anual realizada em janeiro, a emissão adicional de 300 bilhões de yuans (cerca de US$ 41,45 bilhões) em títulos especiais de longo prazo para apoiar subsídios aos consumidores.

Richard Harris, CEO da empresa de gestão de investimentos Port Shelter Investment Management, disse ao programa Squawk Box Asia, da CNBC, que as autoridades chinesas precisam se concentrar em consertar a economia doméstica.

“As autoridades estão determinadas a estimular a economia e a mantê-la funcionando. Mesmo que enfrentemos alguns problemas no setor de exportação, elas estão decididas a fazer a economia doméstica crescer. Porque precisam”, afirmou Harris.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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