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Marcos Madureira alerta: emendas nas eólicas offshore podem elevar conta de luz em R$ 19 bi

Publicado 17/03/2025 • 21:30 | Atualizado há 9 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • Marcos Madureira, presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, disse que a derrubada de vetos na lei das eólicas offshore pode resultar em um aumento substancial nos custos de energia no Brasil.
  • Ele afirmou que as emendas adicionadas ao projeto, que regulamenta a exploração de energia eólica no mar, trazem custos elevados, com impacto direto na conta de luz dos consumidores.
  • De acordo com o presidente da Abradee, essas emendas, conhecidas como "jabutis", não estavam originalmente previstas no projeto e foram inseridas na Câmara dos Deputados, após o texto passar pelo Senado.

A derrubada de vetos na lei das eólicas offshore pode elevar os custos de energia no Brasil em até R$ 19 bilhões até 2050, segundo Marcos Madureira, presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Ele alerta que as emendas adicionadas ao projeto, que regulamenta a exploração de energia eólica no mar, podem impactar diretamente a conta de luz dos consumidores e pressionar a inflação.

Madureira explica que, caso o Congresso decida derrubar os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os custos extras podem comprometer ainda mais o orçamento das famílias brasileiras.

Entre as mudanças propostas, estão emendas conhecidas como “jabutis”, que não faziam parte do texto original e foram incluídas na Câmara dos Deputados após a tramitação no Senado. Segundo o presidente da Abradee, essas alterações obrigam a contratação de térmicas inflexíveis, uma medida que encarece a produção de energia e cria desafios operacionais para o sistema elétrico nacional.

“A contratação de 4 GW de térmicas inflexíveis traz um custo muito elevado e causa problemas na operação do sistema elétrico brasileiro”, afirmou. Além disso, ele destacou que o projeto prevê a compra compulsória de 4 GW de PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), o que também contribui para o aumento dos custos.

Madureira também alertou para outras emendas que ampliam os prazos para a instalação de unidades de geração distribuída, prevendo custos elevados até 2045. Embora a energia eólica seja uma fonte limpa e competitiva, ele ressalta que a inclusão de tecnologias menos eficientes, como hidrogênio e usinas movidas a carvão mineral, pode tornar o setor ainda mais oneroso.

“O total disso vai representar algo como R$ 19 bilhões a mais para a conta dos brasileiros até 2050”, disse, ressaltando o contrassenso de incluir fontes de energia sujas em uma legislação voltada para a expansão de energias renováveis.

O impacto dessas mudanças pode ir além da conta de luz. O setor de energia teme que o aumento dos custos também pressione a inflação, afetando principalmente as classes média e baixa.

“A expectativa é que, se esses vetos forem derrubados, isso possa representar um aumento na inflação de até 0,35%”, alertou Madureira. Ele reforçou que a energia elétrica tem um peso significativo no orçamento doméstico e influencia diretamente o custo de vida da população.

Outro efeito colateral da proposta, segundo Madureira, seria a necessidade de reduzir a participação de fontes limpas, como a energia solar e eólica, para acomodar as térmicas inflexíveis no sistema.

“Contratar uma térmica inflexível obriga a reduzir o uso de energia eólica e solar, o que já tem ocorrido”, afirmou.

Diante desse cenário, diversas entidades do setor elétrico e indústrias, incluindo federações de comércio e indústria de São Paulo e Minas Gerais, estão se mobilizando para evitar a derrubada dos vetos. Representantes do setor têm se reunido com parlamentares e líderes políticos para explicar os impactos das mudanças e defender a manutenção das regras atuais.

“Estamos realizando uma agenda com senadores e deputados para demonstrar o impacto disso”, concluiu Madureira.

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