O extravagante ex-proprietário de equipe de Fórmula 1 Eddie Jordan morreu nesta quinta-feira (20) aos 76 anos após lutar contra uma forma agressiva de câncer de próstata.
O irlandês revelou em dezembro que estava sofrendo de câncer de bexiga e próstata, que se espalhou para sua coluna e pélvis.
“É com profunda tristeza que anunciamos o falecimento de Eddie Jordan OBE, o ex-proprietário de equipe de Fórmula 1, comentarista de TV e empresário”, disse sua família em um comunicado.
“Ele faleceu pacificamente com a família ao seu lado na Cidade do Cabo nas primeiras horas de 20 de março de 2025 aos 76 anos, após lutar contra uma forma agressiva de câncer de próstata nos últimos 12 meses.”
O carismático Jordan, que era um piloto iniciante antes de voltar sua atenção para a propriedade de equipe, alcançou um sucesso raro como um proprietário de equipe independente no mundo ferozmente competitivo da Fórmula 1.
Sua equipe, que estreou em 1991, venceu quatro grandes prêmios em 15 anos no esporte e ele continuou sendo uma figura proeminente por meio de seu trabalho como comentarista de TV.
O órgão regulador do automobilismo, a FIA, descreveu Jordan como uma “lenda” da Fórmula 1, dizendo no X que ele havia feito uma “contribuição inestimável para o automobilismo global ao longo de sua vida”.
O presidente-executivo da F1, Stefano Domenicali, falando antes do Grande Prêmio da China neste fim de semana, disse que estava “profundamente triste”.
“Com sua energia inesgotável, ele sempre soube como fazer as pessoas sorrirem, permanecendo genuíno e brilhante o tempo todo”, disse ele.
O piloto britânico Damon Hill liderou o melhor resultado de Jordan — uma dobradinha no Grande Prêmio da Bélgica de 1998.
Jordan venceu mais corridas com Heinz-Harald Frentzen em 1999, que brevemente disputou o título.
Estreia de Schumacher
O irlandês também deu a Michael Schumacher sua estreia na F1 no Grande Prêmio da Bélgica de 1991, com o alemão vencendo um recorde de sete campeonatos mundiais durante sua carreira — uma conquista igualada apenas por Lewis Hamilton em 2020.
Jordan vendeu sua equipe de F1 em 2005, com a Aston Martin sendo a mais recente iteração da equipe.
No início deste ano, ele liderou um consórcio que comprou o antigo clube inglês de rúgbi London Irish e recentemente ajudou a selar a troca do guru do design de F1 Adrian Newey da Red Bull para a Aston Martin.
A Aston Martin disse em um comunicado: “Estamos profundamente tristes ao saber do falecimento de Eddie Jordan. Seu impacto será sentido em toda a comunidade do automobilismo pelas próximas gerações.”
A família de Jordan disse que o antigo dono da equipe “trouxe uma abundância de carisma, energia e charme irlandês aonde quer que fosse”.
“Eddie e Jordan Grand Prix eram conhecidos por sua imagem de rock and roll, trazendo um elemento divertido e emocionante para a F1, bem como consistentemente se apresentando acima de seu peso”, acrescentou sua declaração.
O britânico Hill, que ganhou um título de campeonato mundial com a Williams em 1996, disse à BBC que “nunca haveria ninguém como Eddie Jordan”.
“Ele era gregário, como você sabe. Ele era irreverente, ele era louco. Eu morava na Irlanda quando corri com Eddie e tive o privilégio de ter vencido um grande prêmio com Eddie e visto o efeito — ele influenciou a todos.
“Não há uma única pessoa, naquela época e desde então, que não tenha sido impactada positivamente de alguma forma por Eddie.”
Quando jovem, Jordan, nascido em Dublin, provou o sucesso no Campeonato Irlandês de Kart e correu em várias categorias, incluindo Fórmula Ford, Fórmula 3 e Fórmula 2, além de aparecer nas 24 Horas de Le Mans.
Ele formou sua própria banda, tocando bateria, juntamente com outros interesses como golfe, ciclismo e artes, e ostentava um enorme portfólio de atividades comerciais.
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