O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 25% sobre importações de países que adquirirem petróleo e gás da Venezuela. A medida entra em vigor em 2 de abril, data que ele chamou de “Dia da Libertação dos Estados Unidos”.
Em publicação na plataforma Truth Social, Trump afirmou que a decisão foi motivada por razões como a “liberação de criminosos pela Venezuela para o território americano” e a “hostilidade de Nicolás Maduro aos Estados Unidos”. Além disso, ele estendeu para 27 de maio o prazo da Chevron para encerrar operações na Venezuela.
Especialista analisa os impactos da medida
Daniel Cassetari, CEO da HKTC e especialista em comércio exterior, explicou em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC que a alíquota de 25% refere-se ao imposto de importação, que equipara qualquer importador a uma indústria. Para ele, o impacto no comércio será limitado, pois “o segundo maior país que compra petróleo da Venezuela depois da China são os Estados Unidos”.
Cassetari avaliou que a medida pode ser uma “cortina de fumaça para outras circunstâncias dentro do comércio exterior”, já que os EUA enfrentam “pressão pela agressividade comercial da China”.
O executivo afirmou ainda que as novas tarifas podem elevar o custo de produtos importados e gerar reação dos empresários. “O consumidor norte-americano vai sentir e isso vai ser de fato uma medida não muito popular”, disse. Sobre o Brasil, Cassetari afirmou que “a oferta de produtos que deixarão de ir para os Estados Unidos estará vindo para os outros países e assim também para o Brasil”.
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