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Brasília, Rio e São Paulo lideram ranking de cidades mais influentes
Publicado 27/03/2025 • 09:27 | Atualizado há 6 meses
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Publicado 27/03/2025 • 09:27 | Atualizado há 6 meses
KEY POINTS
Avenida Paulista, em São Paulo
Rovena Rosa/Agência Brasil
Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo lideram o ranking de cidades com maior poder de influência nas gestões pública e empresarial, ou seja, essas cidades concentram o maior número de empresas e órgãos públicos capazes de tomar decisões que influenciam municípios espalhados pelo país.
A constatação faz parte da pesquisa Gestão do Território 2024, divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para estimar a capacidade de influência de gestão empresarial de cada cidade, os pesquisadores analisaram o número de sedes de empresas que os municípios possuem e quantas filiais em outros municípios estão ligadas a essas sedes.
Um exemplo citado é o do banco Bradesco, com sede em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, e agências em praticamente todo o país. Segundo o IBGE, isso representa que decisões tomadas em Osasco influenciam diretamente outras tantas cidades.
Já para medir a influência na gestão política, o IBGE investigou a presença nos municípios de instituições públicas das esferas federal e estadual.
As instituições federais consideradas foram o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério do Trabalho e Emprego, Secretaria da Receita Federal, Justiça (do Trabalho, Federal e Eleitoral) e o próprio IBGE. No âmbito estadual, foram consideradas as secretarias estaduais de Educação e Saúde.
O IBGE classificou os municípios que têm algum grau de influência como centros de gestão. Entraram nessa classificação 2.176 cidades, representando 39,1% dos 5.570 municípios brasileiros.
O IBGE elaborou um ranking de intensidade das ligações empresariais por município.
Para tal, o instituto, primeiro, levantou o número de sedes empresariais em uma cidade e somou esse total com o número de filiais que essas empresas possuem em ourtos municípios.
Então, o levantamento fez o caminho inverso: contabilizou todas as empresas nesta mesma cidade que são filiais de outras empresas e somou este número ao número de sedes dessas empresas que estão em outros municípios.
O resultado foi uma lista em que, entre as dez mais bem posicionadas, oito são capitais de unidades da federação.
Para o pesquisador Marcelo Paiva da Motta, da gerência de Redes e Fluxos Geográficos, a pesquisa identifica um padrão espacialmente concentrado nas maiores hierarquias urbanas, sendo aquelas cidades que têm muito poder de atração, como São Paulo, Rio, Brasília e as capitais.
“As redes empresariais tendem a seguir a distribuição de renda e de dinheiro no país como um todo, concentrado no Sudeste, principalmente”, explica.
Os dados de empresas foram coletados do Cadastro Central de Empresas, levantamento feito pelo próprio IBGE. As informações são referentes a 2020 e 2021. O instituto localizou 113.068 empresas sedes e 340.313 filiais.
As 113 mil empresas “multilocalizadas”, como o IBGE as classifica, estavam presentes em 99,9% dos municípios brasileiros, mas eram somente 2,18% do total de 5,196 milhões de empresas existentes no país.
Ao analisar as atividades econômicas das companhias multilocalizadas, é possível observar que os principais ramos de atuação são transporte rodoviário de carga, com 6.191 empresas (5,5% das multilocalizadas) e comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, somando 5.439 empresas (4,8%).
Outra forma encontrada pelo IBGE para avaliar a ligação entre os municípios é o total de assalariados que as empresas sedes têm em filiais instaladas em outras cidades. Mais uma vez, São Paulo lidera a comparação. As empresas com sede na capital paulista têm mais de 1,8 milhão de funcionários em filiais fora da cidade.
Cidades que sediam empresas que mais geram empregos em outros municípios:
Chama atenção que, ante a versão anterior da pesquisa, em 2012, São Paulo cresceu em 17,4% o número de assalariados em outras cidades. Por outro lado, Rio de Janeiro (-18,2%) e Brasília (-21,2%) diminuíram a quantidade de empregos em filiais em outras cidades.
As empresas sediadas em Itajaí, no litoral norte catarinense, viram crescer em 79,8% o número de funcionários contratados por filiais fora do município. A força econômica de Itajaí no cenário econômico nacional é explicada pelo setor industrial e pelo polo naval/portuário. A cidade abriga o Porto de Itajaí.
De acordo com a pesquisadora Evelyn Andrea Arruda Pereira, o ranking representa uma questão de poderio empresarial.
“Você controla não só os empregados que estão no seu próprio município, mas também os que estão fora”.
Ao apontar os principais centros de gestão pública, o estudo aponta Brasília no topo do ranking, posição alcançada por ser capital federal e sede nacional da maior parte das instituições públicas.
“Ocupa, isoladamente, o maior nível hierárquico e centraliza o papel de gestor da estrutura administrativa estatal”, registra o instituto sobre Brasília.
Em um segundo nível de hierarquia, o levantamento posiciona juntamente Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Recife (PE). O IBGE destaca que o Rio possui “herança do período em que foi capital federal”. A cidade perdeu a posição em 1960, mas ainda abriga instituições como o IBGE.
O levantamento cria três grupos de hierarquia de centralidade de gestão pública:
Os pesquisadores criaram ainda um ranking de gestão de território, que ordena os municípios em relação à gestão pública e à presença de empresa multilocalizada, seja ela sede ou filial.
As cidades mais proeminentes ficaram agrupadas em dois patamares:
“Essa classificação é coerente com o fato de São Paulo ser a principal centralidade da gestão empresarial; Brasília representar a principal centralidade da gestão pública; e Rio de Janeiro figurar, em segundo lugar, tanto na gestão empresarial como na gestão pública”, justifica o IBGE.
Os pesquisadores identificaram “reforço mútuo” na atuação dos agentes públicos e empresariais. Segundo os técnicos, o fato de Brasília abrigar importantes sedes de instituições públicas, bem como instâncias inferiores, faz com que uma “constelação de empresas” também seja atraída para esse centro urbano, “uma vez que instituições públicas demandam bens e serviços ofertados pelo mercado”.
Em outra via, continua o instituto, “centros urbanos com presença significativa de empresas implicam concentração de renda, fluxos financeiros e população, os quais necessitam da atuação do Estado como provedor de serviços públicos”.
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