O setor de construção civil no Brasil, que teve um desempenho acima das expectativas em 2024, já começa a ajustar suas projeções para 2025, com estimativas de crescimento menores.
Segundo informações do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), após um aumento de 4,3% no PIB da construção em 2024, o crescimento de 2025 pode ser de apenas 2,2%, — bem abaixo dos 3% inicialmente previstos.
A mudança nas expectativas é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo o consumo mais baixo das famílias e o aumento das taxas de juros, que devem impactar o setor no segundo semestre do ano.
Apesar disso, o primeiro semestre ainda deverá registrar crescimento, devido à alta demanda que foi observada até o início de 2025.
Segundo a coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre, Ana Maria Castelo, a desaceleração do mercado já é visível, com uma revisão nas expectativas de crescimento do setor.
O aumento de 20,9% nas vendas habitacionais, 23,1% no crédito e o crescimento de 15,3% nos investimentos em infraestrutura foram alguns dos destaques de 2024, mas a evolução foi maior no primeiro trimestre de 2025.
O emprego no setor também teve aumento, com um crescimento de 5,3% ao nível nacional e de 5,7% no estado de São Paulo. No entanto, a desaceleração já é notada no saldo de vagas, refletindo as dificuldades do setor em manter o ritmo de crescimento em um cenário econômico mais desafiador.
Outro ponto destacado pelo Sinduscon-SP são as dificuldades relacionadas à mão de obra, que superaram as preocupações com a demanda. A escassez de profissionais qualificados pode afetar ainda mais a capacidade de crescimento do setor.
As mudanças nas regras de saque do FGTS e a redução das previsões para o financiamento imobiliário também são questões que preocupam os empresários do setor.
A projeção de financiamento imobiliário para 2025 é de R$ 282 bilhões, representando uma queda de 10% em relação ao ano anterior. As projeções de recursos no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) também são negativas, o que deve impactar o crédito para a construção. As informações são do DC News.
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