O Brasil gerou 431.995 postos de trabalho formais em fevereiro de 2025, de acordo com os dados do Novo Caged divulgados nesta sexta-feira (28). Esse saldo de empregos é resultado de 2.579.192 admissões e 2.147.197 desligamentos.
A variação absoluta é a maior desde 2020 e uma das maiores da série histórica. No acumulado do ano (janeiro a fevereiro), o país registrou 576.081 novas vagas, superando o número de 2024, quando foram gerados 480.733 postos de trabalho no mesmo período.
O setor de Serviços foi o principal responsável pela criação de empregos, com um saldo de 304.149 postos (+1,32%). Entre as áreas de destaque estão a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais, com a criação de 122.992 vagas.
Além disso, atividades de informação, comunicação, serviços financeiros, imobiliários e administrativos geraram 113.587 postos. Outros setores que contribuíram para o aumento de empregos em fevereiro foram a Indústria (+69.884 postos, +0,78%), a Construção (+40.871 postos, +1,41%) e a Agropecuária (+19.842 postos, +1,08%).
O Comércio, embora tenha registrado saldo negativo de 4.490 postos (-0,07%), teve destaques no setor de combustíveis, farmacêutico e comércio atacadista de soja, que mostraram crescimento, mas com quedas nas áreas de vestuário e calçados.
A Indústria também teve bom desempenho, com destaque para o processamento industrial do fumo, fabricação de produtos de material plástico e a coleta de resíduos.
Em relação às Unidades da Federação, 26 dos 27 estados registraram crescimento no número de empregos formais. São Paulo liderou, com a criação de 137.581 postos (+0,96%), seguido por Minas Gerais (+52.603 postos, +1,07%) e Paraná (+39.176 postos, +1,21%).
No entanto, o estado de Alagoas teve o pior desempenho, com uma redução de 5.471 postos de trabalho. Em termos relativos, Goiás, Tocantins e Mato Grosso do Sul tiveram as maiores variações, com crescimento de 1,3%, 1,25% e 1,24%, respectivamente.
No que diz respeito aos grupos populacionais, fevereiro de 2025 registrou um saldo positivo para mulheres (+229.163 postos) e para homens (+202.832 postos). A população com deficiência também teve um saldo positivo de 777 postos de trabalho. Os setores de serviços, saúde, educação, entre outros, mostraram-se importantes para o aumento da inclusão no mercado de trabalho.
O salário médio real de admissão no mês foi de R$ 2.205,25, representando uma redução de 3,48% em comparação com janeiro de 2025. No entanto, quando comparado com o mesmo mês de 2024, o ganho real foi de 0,68%, representando um pequeno crescimento. O salário real de admissão para trabalhadores típicos foi de R$ 2.242,72, enquanto para os trabalhadores não típicos o valor foi de R$ 1.971,11.
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