Make America expensive again? É o que Trump parece querer
Publicado 03/04/2025 • 11:33 | Atualizado há 2 semanas
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Publicado 03/04/2025 • 11:33 | Atualizado há 2 semanas
KEY POINTS
Presidente Donald Trump durante anúncio de tarifas em 2 de abril de 2025.
Daniel Torok/ White House
Donald Trump cumpriu sua promessa de campanha. Uma canetada no dia 2 de abril — data em que o republicano descreveu durante meses como o “Dia da Libertação” — sobretaxou parceiros comerciais estratégicos dos Estados Unidos.
Vietnã e Camboja, parceiros comerciais importantes da indústria têxtil dos Estados Unidos, terão suas exportações taxadas em quase 50%.
Para a China, que exporta principalmente equipamentos eletrônicos e componentes, uma tarifa adicional de 34% em cima do imposto de 20%.
A União Europeia será tarifada em 20%, enquanto o Reino Unido ficou com uma taxação menor: 10%.
Nem o Brasil escapou. Trump tarifou em 10% os produtos brasileiros importados para os Estados Unidos. Ferro, petróleo, soja e carnes e celulose são os principais produtos que viajam do Brasil para os Estados Unidos. Em 2024, o mercado brasileiro exportou US$ 40,3 bilhões para o vizinho norte-americano.
Há risco de uma retaliação. Na China, já se fala em medidas severas para contra-atacar. Scott Bessent, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, já avisou que, se houver retaliação, as tarifas poderão ser ainda maiores.
Neste cenário de incerteza, parece haver apenas um fato: a guerra tarifária não agrada o mercado.
O mercado de tecnologia se prepara para uma queda agressiva no valor das ações das big techs americanas. Apple, Amazon, Tesla… Todas devem sofrer de forma agressiva porque dependem de insumos asiáticos.
Até a General Motors, um dos símbolos da indústria americana, também deve se desvalorizar — ao menos no curto prazo.
Trump fez uma aposta arriscada. A lógica por trás do aumento das tarifas está em aquecer a economia americana. Para isso, o presidente americano acredita que as empresas americanas e estrangeiras vão passar a produzir dentro do território americano — e dependendo menos da matéria-prima importada.
É um plano de longo prazo e que só funcionará se não houver retaliação e se as empresas, de fato, cederem.
Enquanto isso não acontece, o risco de recessão econômica nos Estados Unidos aumenta a cada dia. Recessão gera o aumento do desemprego. Os custos aumentam, os consumidores economizam e as empresas vendem menos. Para fechar a conta? Demissões. Uma bola de neve de problemas.
O Federal Reserve deverá tomar uma atitude para evitar que isso aconteça. A provável solução será reduzir a taxa de juros em um novo ciclo de cortes. O plano é aumentar a oferta de crédito para incentivar o consumo.
Do outro lado, está a possibilidade de aumento da inflação e de um cenário de estagflação.
Trump entoou o “Make America Great Again” durante a corrida eleitoral. A pergunta que fica agora é: para quem?
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