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Tarifas do Trump

Bilionário Ray Dalio diz que Trump deveria negociar um acordo comercial “ganha-ganha” com a China

Publicado 10/04/2025 • 10:38 | Atualizado há 1 uma semana

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O investidor bilionário Ray Dalio afirmou que o recuo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas tarifas específicas por país representa “um ótimo momento para todos os envolvidos repensarem suas abordagens”.
  • Em uma publicação na rede social X, o fundador da Bridgewater disse que espera que Trump opte por negociar com a China, em vez de seguir adiante com tarifas de 104% sobre a segunda maior economia do mundo.
  • Dalio acrescentou ainda que este também é um bom momento para os investidores reavaliarem sua tolerância ao risco.
Ray Dalio, bilionário e fundador da Bridgewater Associates, fala com membros da mídia ao sair de uma reunião com os republicanos do Comitê de Orçamento da Câmara no Capitólio, em Washington, D.C., em 25 de março de 2025.

Ray Dalio, bilionário e fundador da Bridgewater Associates, fala com membros da mídia ao sair de uma reunião com os republicanos do Comitê de Orçamento da Câmara no Capitólio, em Washington, D.C., em 25 de março de 2025.

Daniel Heuer | Bloomberg | Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)

O fundador da Bridgewater, Ray Dalio, afirmou que o recuo temporário do presidente dos EUA, Donald Trump, em relação às tarifas recíprocas foi um “passo atrás em uma forma pior” de lidar com desequilíbrios comerciais, e incentivou o líder da Casa Branca a negociar um acordo comercial “ganha-ganha” com a China.

Na quarta-feira (9), Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas específicas por país, com exceção de tarifas de 104% sobre importações chinesas.

Em uma postagem na rede social X, Dalio disse na noite de quarta-feira que agora era “um ótimo momento para todos os envolvidos reavaliarem suas abordagens” para reequilibrar as relações comerciais dos EUA, ao mesmo tempo, em que reconheceu que os EUA enfrentam “problemas” comerciais.

“Existem maneiras melhores e piores de lidar com nossos problemas de dívida insustentável e desequilíbrios, e a decisão do presidente Trump de recuar de uma forma pior e negociar como lidar com esses desequilíbrios é uma forma muito melhor”, disse ele.

“Espero e acredito que ele fará o mesmo com os chineses, o que, na minha opinião, inclui negociar um acordo que valorize o RMB em relação ao dólar, alcançado pelos chineses vendendo ativos em dólar e ao mesmo tempo flexibilizando suas políticas fiscal e monetária para estimular a demanda interna. Isso seria um ganha-ganha.”

Em uma entrevista à CNBC na terça-feira (8), Dalio disse que, embora concorde com Trump que há um problema nas relações comerciais dos EUA, ele se preocupa com o uso de tarifas amplas como solução por parte do presidente.

“De uma forma ou de outra, será necessário haver grandes mudanças nas ordens de dívida e política monetária para lidar com os problemas de dívida, comércio e desequilíbrios de capital”, disse ele na quarta-feira, argumentando que o próximo passo da administração Trump deveria ser cortar o déficit dos EUA para 3% do PIB nacional.

Dalio vem alertando há tempos sobre o aumento da dívida dos EUA. No evento Converge Live da CNBC no mês passado, ele disse que os EUA têm “um problema muito sério de oferta e demanda” quando se trata da dívida, argumentando que o país precisa “vender uma quantidade de dívida que o mundo não vai querer comprar.”

O déficit orçamentário dos EUA ultrapassou US$ 1 trilhão no início deste ano.

“Um ótimo momento” para investidores repensarem o risco
As ações em Wall Street dispararam na quarta-feira após Trump adiar as tarifas recíprocas. Sua reversão temporária na política ocorreu após uma onda de vendas global que abalou os mercados de ações e de títulos em todo o mundo.

Dalio, que fundou a Bridgewater Associates — um dos maiores fundos hedge do mundo — em 1975, também disse em sua postagem que a política comercial oscilante de Trump oferece aos investidores uma oportunidade de repensar seu apetite por risco.

“Este é um ótimo momento para investidores que ficaram chocados e apavorados com o que aconteceu (e com o que pode acontecer) repensarem suas abordagens para estruturar seus portfólios para não correrem riscos tão intoleráveis”, disse ele.

“Posso garantir que outro caso pior dos movimentos de mercado que os aterrorizaram surgirá eventualmente.”

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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