Tesla chega à Arábia Saudita em meio à concorrência chinesa e queda nas vendas
Publicado 10/04/2025 • 23:23 | Atualizado há 4 dias
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Publicado 10/04/2025 • 23:23 | Atualizado há 4 dias
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Tesla
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A Tesla está estreando suas vendas na Arábia Saudita, o reino rico em petróleo cujas longas estradas desérticas são dominadas por SUVs que consomem muito combustível — e onde não há carregadores por centenas de quilômetros.
A fabricante americana de veículos elétricos espera que o sucesso em países vizinhos, como os Emirados Árabes Unidos, e um pequeno, mas crescente, grupo de compradores de veículos elétricos na região sejam um sinal positivo de demanda futura.
O momento também é notável — a Tesla realizará seu evento de lançamento em Riade no dia 10 de abril, depois abrirá lojas temporárias em Riade, Jeddah e Dammam no dia 11 de abril. Isso ocorre antes de uma visita amplamente aguardada do presidente dos EUA, Donald Trump, à Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar, esperada para acontecer em abril, embora ainda não tenha sido confirmada oficialmente.
Isso também acontece enquanto a fabricante enfrenta uma queda nas vendas, especialmente na Europa, devido à reação contra o papel controverso do fundador e CEO da Tesla, Elon Musk, na administração Trump.
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Apesar de sua reputação como bastião de riqueza petrolífera, a Arábia Saudita não é estranha aos veículos elétricos — seu fundo soberano, o Fundo de Investimento Público, é o principal acionista da empresa americana de veículos elétricos de luxo Lucid Motors desde 2019. Em 2023, a Lucid abriu sua primeira fábrica de fabricação de carros na Arábia Saudita.
A fabricante americana de veículos elétricos Lucid Group anunciou que estabelecerá sua primeira fábrica no exterior na Arábia Saudita. O reino também está desenvolvendo sua própria marca de veículos elétricos, Ceer Motors, por meio de uma joint venture entre o PIF e a fabricante taiwanesa Foxconn. A Ceer planeja distribuir nos mercados do Oriente Médio em 2025.
A investida no espaço de fabricação de veículos elétricos faz parte da Visão 2030, uma campanha abrangente da Arábia Saudita para diversificar sua economia e reduzir a dependência do petróleo. O reino provavelmente vê a entrada da Tesla no mercado como um avanço em seu objetivo declarado de transformar 30% de todos os carros na capital Riade em elétricos até 2030, como parte de uma estratégia mais ampla para reduzir pela metade as emissões da cidade.
A fabricante chinesa de veículos elétricos BYD já está no mercado saudita, o que significa que a Tesla enfrenta concorrência tanto da BYD quanto da Lucid Motors em um setor que ainda é pequeno — os veículos elétricos representaram apenas 1% de todas as vendas de carros no reino em 2024, de acordo com um relatório da empresa de consultoria PwC.
“A Tesla não será pioneira no mercado. Em outros países, ela foi frequentemente a primeira — na Arábia Saudita, não mais”, disse Tatiana Hristova, diretora de previsão de vendas de veículos da CEE e MEA na S&P Global Mobility, à CNBC’s Access Middle East na quarta-feira (9). “Os veículos da BYD são conhecidos no mercado, mesmo que não sejam os únicos veículos elétricos disponíveis… então será um começo difícil”, afirmou. A S&P espera que de 10.000 a 15.000 unidades da Tesla sejam vendidas no país nos primeiros dois anos após a estreia da empresa na Arábia Saudita, incluindo durante este ano. “Depois disso, ela enfrentará uma concorrência muito forte de concorrentes locais e também de veículos chineses”, acrescentou Hristova.
A expansão para a Arábia Saudita também sugere uma recuperação da relação anteriormente conturbada entre Musk e o reino, que levou a Tesla a se expandir para quase todos os países do Golfo, exceto o reino saudita, até agora.
De acordo com dados da pesquisa de consumidores da PwC Middle East do ano passado, “mais de 40% dos consumidores na Arábia Saudita estão considerando comprar um veículo elétrico nos próximos três anos”. Os pontos de recarga são escassos no reino, mas a recém-lançada Electric Vehicle Infrastructure Company planeja construir 5.000 carregadores rápidos em todo o país até 2030, segundo o relatório.
Hristova apontou para um “acúmulo de clientes que esperaram pela Tesla” no reino como outro sinal positivo para a estreia local da montadora. “Presumimos que nos próximos anos haverá uma boa demanda pelos veículos da Tesla”, disse ela. “Eu sempre digo, ‘quando não está disponível, se torna desejável’.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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