‘É um momento histórico, mas ainda temos competitividade’, diz presidente da Empapel sobre cenário da celulose
Publicado 11/04/2025 • 11:52 | Atualizado há 1 uma semana
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Publicado 11/04/2025 • 11:52 | Atualizado há 1 uma semana
KEY POINTS
O patamar de 10% nas tarifas impostas pelos Estados Unidos coloca o Brasil em uma posição de relativa tranquilidade em relação a diversos produtos, entre eles, a celulose. Em 2024, as exportações do setor registraram forte crescimento, com alta de mais de 23% em relação ao ano anterior.
Em entrevista exclusiva ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, nesta sexta-feira (11), o embaixador José Carlos da Fonseca Júnior, presidente da Empapel e diretor de Relações Internacionais da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), comentou sobre o atual cenário internacional e seus reflexos na competitividade da celulose brasileira.
Segundo Fonseca, o setor vive um momento único e desafiador.
“Estamos vivendo um período que os historiadores vão lembrar. Se alguém disser que sabe como termina o momento atual, acho que está com boas chances de estar chutando. São acontecimentos para os quais não havia ensaio prévio”, afirmou.
Ele explicou que todos os agentes do comércio internacional estão sendo impactados, e no setor de árvores cultivadas, a celulose é o carro-chefe. A Ibá representa cerca de 50 empresas que abrangem toda a cadeia produtiva das árvores plantadas, incluindo celulose, papéis diversos, madeira e bioprodutos.
“Somos hoje o maior exportador mundial de celulose. Só ficamos atrás dos Estados Unidos em volume de produção, mas exportamos mais do que eles. Nossos principais destinos são a China, a Europa e os próprios Estados Unidos”, disse.
Com relação às recentes tarifas aplicadas pelos Estados Unidos, o embaixador destacou que, até o momento, a celulose está incluída no grupo de produtos com tarifa de 10%, uma alíquota considerada manejável.
“Esse cenário tumultuado de tarifas e ameaças ainda não impactou diretamente nossas exportações, mas é algo que pode ser sentido mais adiante. Ainda assim, mantemos um nível alto de competitividade. Sabemos que os EUA precisam importar celulose; eles não podem simplesmente fechar a torneira do suprimento”, observou.
Fonseca também destacou o papel crescente da China como protagonista no comércio internacional e apontou que, apesar das tensões com os Estados Unidos, o país asiático terá de agir com cautela.
“Vivemos um momento de incerteza. A China se tornou, nas últimas décadas, o principal parceiro comercial de inúmeros países — inclusive do Brasil, desde que entrou na OMC, no início dos anos 2000. É uma economia acelerada e robusta”, explicou.
“Diante da escalada da disputa tarifária com os Estados Unidos, a China precisa manejar com precisão os mecanismos de sua economia. A interdependência entre os dois países é enorme, especialmente em setores de alta tecnologia. Eles vão precisar se rearrumar. E isso, sem dúvida, impacta todos os outros mercados”, concluiu.
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