Espanha busca se aproximar da China e mediar tensões comerciais com os EUA
Publicado 11/04/2025 • 11:54 | Atualizado há 2 meses
Publicado 11/04/2025 • 11:54 | Atualizado há 2 meses
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Espanha busca se aproximar da China. Na imagem, Pedro Sánchez aparece em foto de arquivo de março de 2020
Divulgação/La Moncloa
O presidente chinês, Xi Jinping, afirmou nesta sexta-feira (11) ao primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, que China e União Europeia devem se unir para defender a globalização e combater “atos unilaterais de intimidação”, em uma crítica indireta às políticas tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump.
Pedro Sánchez, por sua vez, defendeu a importância do diálogo entre China e Estados Unidos para a redução das tensões existentes. O premiê espanhol também solicitou uma relação mais equilibrada entre Pequim e o bloco europeu.
Xi afirmou que não há vencedores em uma guerra comercial e ressaltou o papel fundamental da UE na estabilidade econômica global.
As declarações foram dadas durante uma visita de Pedro Sánchez à China, onde foram formalizados acordos bilaterais em áreas como ciência, tecnologia, educação e indústria cinematográfica. Também foram assinados protocolos para a exportação de carne suína e cerejas espanholas para o mercado chinês. Xi Jinping evidenciou o vasto potencial de cooperação entre os dois países em setores estratégicos, como energias renováveis, manufatura de alta tecnologia e desenvolvimento de cidades inteligentes.
O cenário comercial global tem sido marcado por recentes movimentos de Donald Trump, que anunciou uma suspensão temporária de tarifas para diversos países, incluindo os membros da UE, por um período de 90 dias. Contudo, o presidente americano elevou significativamente as tarifas sobre importações chinesas, chegando a 145%, intensificando o embate com Pequim. A China retaliou com tarifas de 125% sobre produtos originários dos EUA.
Pedro Sánchez expressou a expectativa de que a Comissão Europeia utilize essa janela de oportunidade para negociar um acordo favorável com Washington, enquanto a UE suspendeu temporariamente suas tarifas retaliatórias.
O líder espanhol busca fortalecer os laços econômicos e políticos com a China, posicionando a Espanha como um elo entre Pequim e Bruxelas, visando atrair um maior volume de investimentos chineses para o país.
Autoridades espanholas refutaram os alertas dos Estados Unidos de que uma maior aproximação com a China poderia prejudicar os interesses europeus. Sánchez ressaltou a urgência de a China atender às demandas da União Europeia por uma relação comercial mais equitativa, recordando que o déficit comercial do bloco com Pequim ultrapassou a marca de US$ 300 bilhões no último ano.
A Espanha tem se tornado um destino atrativo para investimentos estratégicos chineses, especialmente no setor de tecnologia avançada, abrangendo áreas como baterias, veículos elétricos e hidrogênio, setores nos quais a União Europeia ainda busca alcançar o patamar tecnológico da China.
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