Em entrevista ao Cripto Brasil, do Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, Lindsey Argalas, CEO da TaxBit, explicou como a complexidade das operações com criptoativos dificulta a declaração de impostos por parte de empresas e pessoas físicas.
Segundo Argalas, ainda é difícil para empresas entenderem exatamente quais são as obrigações fiscais de seus clientes no mercado de criptoativos. Ela afirmou que, para enfrentar esse problema, a TaxBit criou um sistema que ajuda consumidores e empresas a identificar corretamente essas obrigações e registrá-las. “Essa foi uma parte do processo que nos motivou a desenvolver a plataforma”, disse.
A empresa também atua no suporte à contabilidade de companhias que operam com ativos digitais, visando permitir o controle adequado das operações, a declaração de tributos e a produção de relatórios financeiros e auditorias. Para Argalas, essa pode ser “a parte menos glamourosa”, mas é essencial no contexto do mercado de criptoativos.
Durante a entrevista, a CEO detalhou o funcionamento da tecnologia da TaxBit. De acordo com ela, o software desenvolvido pela empresa se conecta a diferentes blockchains e provedores de custódia, extrai os dados das transações, analisa essas informações e calcula os impostos devidos. O sistema também gera relatórios financeiros e arquiva os dados para facilitar futuras declarações.
Ela explicou que, embora o sistema financeiro tradicional também tenha suas complexidades, as criptomoedas possuem características específicas que ampliam os desafios. Entre os fatores citados estão a alta volatilidade de preços, a natureza transacional intensa — com negociações ocorrendo 24 horas por dia — e a existência de operações fracionadas, que podem envolver até 18 casas decimais.
“Quando você analisa cada uma dessas características, isso amplia significativamente o problema, tanto para empresas quanto para indivíduos que desejam estar em conformidade”, afirmou Argalas. Segundo ela, é por isso que a TaxBit aposta em tecnologias de última geração para simplificar o processo e oferecer relatórios objetivos aos usuários.
Ao ser questionada sobre as diferenças entre o cenário dos Estados Unidos e o do Brasil, Argalas afirmou que a empresa está mais inserida na realidade americana, onde cada estado possui regulações fiscais próprias. No entanto, o apresentador Rodrigo Batista comentou que, no Brasil, o ambiente é mais padronizado, o que pode facilitar a vida do contribuinte.
“Aqui, a Receita Federal é muito eficiente. Foi uma das primeiras no mundo a tratar de cripto, com normas e orientações específicas para esse mercado”, afirmou. Segundo ele, o aplicativo oficial da Receita já oferece diretrizes detalhadas para quem deseja declarar seus criptoativos.
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