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Hermès aumentará preços nos EUA para bolsas e lenços icônicos em resposta às tarifas de Trump

Publicado 17/04/2025 • 10:31 | Atualizado há 2 dias

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • Os preços dos produtos de luxo da Hermès nos Estados Unidos — como bolsas, lenços e outros itens — subirão a partir de 1º de maio.
  • A empresa informou, em uma ligação com analistas nesta quinta-feira (17), que pretende “compensar totalmente” o impacto das tarifas universais de 10% impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump — sem incluir, por enquanto, as tarifas potenciais de 20% que a União Europeia poderá enfrentar.
Uma convidada veste camisa branca, calça marrom, jaqueta de camurça marrom e bolsa marrom da Hermès com um lenço de seda verde e branco do lado de fora do desfile de moda da Hermès durante a coleção feminina outono/inverno 2025/2026, como parte da Semana de Moda de Paris, em 8 de março de 2025 em Paris, França.

Raimonda Kulikauskiene | Getty Images Entertainment | Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)

O grupo francês de luxo Hermès vai aumentar os preços nos EUA a partir do início de maio para compensar o impacto das tarifas impostas por Trump, afirmou nesta quinta-feira (17) o diretor financeiro da empresa.

A companhia — famosa por suas bolsas Birkin e Kelly e por lenços coloridos que custam centenas de dólares — também vende joias, relógios, calçados, perfumes e maquiagem.

“O aumento de preços que vamos implementar será apenas nos Estados Unidos, já que se destina a compensar tarifas que se aplicam somente ao mercado americano. Portanto, não haverá reajustes em outras regiões”, disse Eric du Halgouët, vice-presidente executivo de finanças da Hermès, durante uma ligação com analistas após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre.

A Hermès afirmou que os preços subirão a partir de 1º de maio e que a meta é “compensar totalmente” o impacto da tarifa universal de 10% imposta pela Casa Branca no início de abril — em vez dos 20% que a União Europeia poderá enfrentar, caso não consiga negociar um novo acordo dentro dos 90 dias de trégua concedidos por Trump.

Consumidores americanos devem enfrentar preços mais altos em uma série de itens, de eletrônicos e roupas a carros e imóveis, conforme os efeitos das tarifas se intensificam.

Crescimento das vendas da Hermès desacelera

Nos resultados do primeiro trimestre, a Hermès registrou crescimento de 11% nas vendas nas Américas, região que respondeu por quase 17% da receita no período.

O crescimento total da receita no trimestre foi de 7% em base cambial constante — abaixo da expectativa de consenso, que era de 8% a 9%, segundo analistas do Deutsche Bank. Também representou uma desaceleração em relação aos 17,6% de crescimento no quarto trimestre de 2024.

Ainda assim, os analistas do Deutsche Bank consideraram os resultados “robustos”, apontando fragilidade nas vendas de relógios e perfumes, enquanto o Citi classificou os números como “um resultado respeitável”.

As ações da Hermès caíram 1,3% nas negociações da manhã desta quinta-feira, com valor de mercado chegando a 244,5 bilhões de euros (US$ 278,2 bilhões) — ligeiramente abaixo dos 245,7 bilhões da LVMH, segundo cálculo da CNBC com base em dados da LSEG.

A LVMH, controlada pela bilionária família Arnault, tentou — sem sucesso — adquirir a Hermès há uma década. Apesar da equiparação no valor de mercado, a receita anual da Hermès é inferior a um quinto da LVMH, que detém marcas como Louis Vuitton e Dior, a empresa de bebidas Moët Hennessy, a joalheria americana Tiffany e a rede de cosméticos Sephora.

Na terça-feira (15), a LVMH relatou queda inesperada nas vendas do primeiro trimestre, destacando recuo em seu segmento dominante de moda e artigos de couro.

Analistas preveem que o setor de luxo será menos afetado pelas tarifas do que outros varejistas, já que tem mais facilidade em repassar os custos de importação para clientes de alto poder aquisitivo. No entanto, o segmento pode enfrentar obstáculos relevantes caso ocorra uma desaceleração no consumo provocada por crescimento econômico global fraco ou temores de recessão.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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