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Não há problema em usar IA no seu currículo, diz recrutador que já contratou centenas de pessoas: ‘Ninguém vai perceber’

Publicado 17/04/2025 • 22:43 | Atualizado há 2 dias

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • Kathleen Nolan disse à CNBC Make It que lê pessoalmente todos os currículos que recebe e que, quando a ferramenta é bem utilizada, ela apoia totalmente os candidatos que usam IA para escrever seus materiais de candidatura.
  • Quanto ao uso correto da IA, Nolan afirma que a melhor prática é enviar um prompt para a plataforma de IA generativa de sua escolha, como o ChatGPT, obter uma resposta e, em seguida, personalizar o resultado antes de adicioná-lo ao seu documento.
  • Usar IA pode ajudar você a escrever um currículo muito mais rápido, mas talvez não valha a pena reformulá-lo para cada nova vaga para a qual se candidata, diz Nolan.
Inteligência Artificial (IA/AI)

Inteligência artificial

Reprodução Freepik

A internet e as mídias sociais estão repletas de ideias sobre o uso de IA para escrever currículos e cartas de apresentação para se candidatar a um novo emprego.

Kathleen Nolan gostaria de esclarecer as coisas, pelo menos com base em sua experiência como recrutadora técnica nos últimos sete anos: “Não me importo se você usa IA. Por que eu me importaria?”.

Nolan, 39, é atualmente recrutadora sênior da GrowthLoop, uma empresa de tecnologia com foco em trabalho remoto.

Ela disse à CNBC Make It que lê pessoalmente todos os currículos que recebe e que, quando a ferramenta é bem utilizada, ela apoia totalmente os candidatos que usam IA para escrever seus materiais de candidatura.

“Todo mundo usa IA para coisas assim”, diz ela. “Realmente não importa. Se você estiver usando IA da maneira certa, ninguém vai perceber”.

Como usar IA ‘da maneira correta’

Quanto ao uso correto da IA, Nolan afirma que a melhor prática é enviar um prompt para a plataforma de IA generativa de sua escolha, como o ChatGPT, obter uma resposta e, em seguida, personalizar o resultado antes de adicioná-lo ao seu documento.

Alguns prompts específicos incluem:

  • “Vou enviar uma descrição da vaga e um currículo. Você pode otimizar meu currículo para esta vaga?”
  • “Escreva tópicos do currículo para [insira o cargo aqui] e inclua conquistas baseadas em métricas.”
  • “Revise a seguinte descrição da vaga e identifique as três coisas que o gerente de contratação realmente deseja em um candidato diferenciado: [cole a descrição da vaga aqui].”

Personalizar seus resultados é crucial, já que muitas ferramentas de IA são treinadas com textos existentes e tendem a gerar frases muito repetitivas e comuns. No final das contas, você quer que os documentos soem como algo que você realmente diria, diz Nolan.

Em seguida, revise o trabalho para garantir que a IA não tenha introduzido inadvertidamente erros ou imprecisões em seu currículo.

E certifique-se de não incluir o prompt original no seu documento final. “Você ficaria surpreso; já vi isso acontecer muitas vezes”, diz Nolan.

Caso contrário, quando se trata de usar IA para escrever seu currículo e carta de apresentação, “eu não me importo, e acho que ninguém mais deveria se importar também”, diz Nolan. “Acho muita hipocrisia quando vejo recrutadores falando sobre isso, porque, vamos lá — se eu estivesse no mercado de trabalho, também estaria fazendo isso”.

“Não sei por que isso se tornou uma questão tão polêmica”, acrescenta. “Contanto que você esteja usando da maneira que foi planejado, ninguém vai conseguir saber, e isso não deveria importar de qualquer maneira”.

A dica demorada que não vale a pena

Usar IA pode ajudar você a escrever um currículo muito mais rápido, mas talvez não valha a pena reformulá-lo para cada nova vaga para a qual se candidata, diz Nolan.

“Adaptar seu currículo ao máximo para cada vaga — não acho que o retorno sobre o investimento esteja lá”, diz ela.

É uma boa ideia ter algumas versões do seu currículo prontas, com pequenos ajustes, se você estiver se candidatando a vagas muito diferentes, “mas não acho que você deva sentir que precisa personalizá-lo completamente para cada vaga para a qual se candidata”, diz Nolan.

A personalização pode ser útil até certo ponto, ela acrescenta, “mas acho que há limites para o que você pode realizar lá”.

E boas notícias para quem odeia cartas de apresentação: Nolan diz que pode aceitá-las ou não.

“Se alguém vai se dar ao trabalho de escrever uma, eu certamente vou me dar ao trabalho de lê-la”, diz Nolan, embora reconheça que faz isso porque trabalha para uma empresa menor.

Para empresas maiores, no entanto, é difícil dizer se sua carta de apresentação chegará aos olhos humanos.

“Eu não esperaria que alguém escrevesse uma carta de apresentação personalizada para cada oportunidade, porque isso levaria muito tempo”, diz Nolan.

Se você for enviar uma carta de apresentação, no entanto, Nolan recomenda que ela seja bem escrita, adaptada à vaga e à empresa, e que diga o que você quer que ela diga sobre seu entusiasmo pela vaga e por que você é excepcionalmente qualificado para ocupá-la.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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