OMS anuncia acordo histórico para prevenir e combater futuras pandemias
Publicado 20/04/2025 • 09:41 | Atualizado há 2 meses
Rússia: o rublo dispara e se torna a moeda de melhor desempenho do ano
Trump anuncia negociações comerciais entre EUA e China em Londres na próxima semana
Empresa de criptomoedas dos gêmeos Winklevoss abre pedido confidencial de IPO
Trump considera se livrar de seu Tesla após desentendimento com Elon Musk
Em meio a preocupações com tarifas, Walmart busca clientes mais jovens
Publicado 20/04/2025 • 09:41 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Pessoa andando com traje de proteção.
Pixabay
Após mais de três anos de negociações, os países-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovaram, na última semana, um acordo histórico para prevenir e enfrentar pandemias.
“As nações do mundo fizeram história hoje”, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, aos delegados reunidos em Genebra.
A organização de saúde da ONU afirmou que os “Estados-membros deram um grande passo adiante em seus esforços para conseguir um mundo mais seguro diante das pandemias”.
Leia também:
O projeto será debatido na próxima Assembleia Mundial da Saúde em maio, indicou a OMS em comunicado. Com o acordo, destacou Tedros, os países demonstraram que “o multilateralismo está vivo e bem, e que, em nosso mundo dividido, as nações ainda podem trabalhar juntas para encontrar um terreno comum e uma resposta compartilhada às ameaças comuns”.
A reta final das negociações aconteceu em um momento de crise da ordem internacional e do sistema de saúde mundial, provocado pelos cortes na ajuda humanitária decretada pelo presidente americano, Donald Trump.
O magnata republicano, que ordenou a saída dos Estados Unidos da OMS, também ameaçou impor tarifas sobre os produtos farmacêuticos.
Cinco anos depois do início da pandemia de Covid-19, que provocou milhões de mortes e um colapso econômico mundial, o acordo deve servir para preparar melhor o mundo, que continua distante do preparo para enfrentar uma nova pandemia, segundo a OMS e os especialistas.
A importância das negociações aumentou nos últimos meses, em meio ao surgimento de novas ameaças sanitárias como a gripe aviária, o sarampo e o ebola.
“A conclusão das negociações (…) representa uma etapa importante em nosso compromisso coletivo de reforçar a segurança sanitária mundial”, declarou aos delegados o representante da Tanzânia, em nome de 77 países do grupo regional africano. Ele acrescentou que o processo “abriu um caminho importante para a futura colaboração em nossos esforços para estar melhor preparados diante de possíveis pandemias”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também celebrou o compromisso em uma mensagem na rede social X. “Aprendemos a lição da covid. Para vencer uma pandemia, são necessários testes, tratamentos e vacinas. Mas também é preciso solidariedade e cooperação global”, escreveu.
As negociações, que aconteceram de forma híbrida, avançaram de modo mais lento que o previsto na terça-feira (15), após três dias de pausa. O principal obstáculo era a transferência de tecnologia para a fabricação de produtos de saúde ligados às pandemias, sobretudo em benefício dos países em desenvolvimento.
Esse tema foi motivo de inúmeras reivindicações dos países mais pobres durante a pandemia de Covid-19, quando viram como as nações ricas acumulavam doses de vacinas e de testes de diagnóstico do coronavírus.
Muitos países nos quais a indústria farmacêutica representa parte importante de sua economia são contrários à transferência obrigatória e insistem em seu caráter voluntário.
Finalmente, chegou-se a um consenso sobre o princípio da transferência tecnológica “de mútuo acordo”.
Outro aspecto importante do texto é a criação de um “sistema de acesso e participação nos benefícios dos patógenos” para que as empresas farmacêuticas possam dispor dos dados e comecem a trabalhar rapidamente em produtos para combater as pandemias.
O projeto adotado, de 32 páginas, também busca ampliar o acesso a estes produtos, estabelecendo uma rede mundial de cadeia de suprimentos e logística.
“É um acordo histórico para a segurança sanitária, a igualdade e a solidariedade internacional”, declarou Anne-Claire Amprou, copresidente das negociações e representante da França.
“Foi adotado”, anunciou Anne-Claire Amprou, entre fortes aplausos.
Em relação à implementação do acordo, a principal organização do setor farmacêutico destacou que a propriedade intelectual e a segurança jurídica são essenciais para assegurar os investimentos do setor.
“Esperamos que, em negociações posteriores, os Estados-membros mantenham as condições que permitem ao setor privado continuar inovando contra os agentes patogênicos suscetíveis de provocar uma pandemia”, disse David Reddy, diretor-geral da Federação Internacional da Indústria do Medicamento.
O secretário-geral da OMS entrou nas negociações na terça-feira e defendeu um texto “bom”, “equilibrado” e que traria “maior equidade” entre os países.
Ele reconheceu que as medidas de coordenação para a prevenção pandêmica podem ser custosas, mas garantiu que “o custo da inação é muito maior”.
“O vírus é o pior inimigo, pode ser pior que uma guerra”, afirmou Tedros.
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
Gol conclui reestruturação financeira nos EUA e reforça posição no mercado latino-americano
Por que a Inteligência Artificial não pode substituir o médico
Banco Central rola na segunda até 35 mil contratos de swap cambial
BC publica regras para evitar fraudes por empresas no Pix automático
Lula afirma que acordo com UE será assinado antes do Brasil deixar presidência do Mercosul