CNBC Musk vai retirar oferta se OpenAI continuar sem fins lucrativos, dizem advogados

Mundo

OMS diz que ‘lamenta’ decisão dos EUA de se retirar da organização

Publicado ter, 21 jan 2025 • 7:59 AM GMT-0300 | Atualizado há 23 dias

AFP

KEY POINTS

  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) lamentou nesta terça-feira (21) a decisão do novo governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, de retirar o país da agência da ONU.
  • Após ser empossado na segunda-feira (20), Trump assinou um decreto para que os Estados Unidos deixem a Organização Mundial da Saúde (OMS) — instituição que ele atacou previamente por sua resposta à pandemia de Covid-19.
  • Ao assinar o decreto na Casa Branca, Trump afirmou que os Estados Unidos pagam mais do que a China à organização de forma injusta e declarou: “A OMS nos roubou.”
Donald Trump

Donald Trump

Fotos Públicas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lamentou nesta terça-feira (21) a decisão do novo governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, de retirar o país da agência da ONU.

“A Organização Mundial da Saúde lamenta o anúncio de que os Estados Unidos da América pretendem se retirar da organização”, disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, a jornalistas.

Entenda a decisão

Após ser empossado na segunda-feira (20), Trump assinou um decreto para que os Estados Unidos deixem a Organização Mundial da Saúde (OMS) — instituição que ele atacou previamente por sua resposta à pandemia de Covid-19.

Leia também:

Ao assinar o decreto na Casa Branca, Trump afirmou que os Estados Unidos pagam mais do que a China à organização de forma injusta e declarou: “A OMS nos roubou.”

O decreto instrui as agências federais a “pausar futuras transferências de fundos, apoio ou recursos do governo dos Estados Unidos à OMS” e determina a busca por “parceiros confiáveis e transparentes, nacionais e internacionais, para assumir atividades antes realizadas pela organização”.

A nova gestão também anunciou planos para revisar e encerrar a Estratégia de Segurança Sanitária Global 2024, iniciativa do governo Joe Biden voltada ao combate a doenças infecciosas.

No primeiro mandato de Trump, os Estados Unidos tentaram deixar a OMS, acusando a organização de ser influenciada pela China nas fases iniciais da pandemia de covid-19.

Impactos e críticas

Especialistas alertaram para as consequências da saída. “A decisão fragiliza a influência dos Estados Unidos, aumenta o risco de pandemias mortais e nos torna mais vulneráveis”, criticou Tom Frieden, ex-alto funcionário de saúde no governo Obama, em postagem no X.

A retirada ameaça o acesso dos EUA a dados globais cruciais de vigilância epidemiológica, o que pode prejudicar a capacidade de prevenir e monitorar ameaças sanitárias internacionais. Além disso, agências de saúde e empresas farmacêuticas americanas dependem da OMS para informações essenciais no desenvolvimento de vacinas e tratamentos, destacou Lawrence Gostin, professor da Universidade de Georgetown.

A decisão ocorre em um momento crítico, em meio a um surto de gripe aviária que aumenta temores de uma nova pandemia. Em janeiro, os EUA confirmaram o primeiro caso humano de infecção pelo vírus H5N1.

MAIS EM Mundo