Carrefour: suspensão de compras de carne do Mercosul é só em lojas francesas
Publicado 20/11/2024 • 23:01 | Atualizado há 4 meses
Putin diz apoiar cessar-fogo com a Ucrânia, mas impõe condições
Empresa de esportes femininos Monarch Collective aumenta fundo para US$ 250 milhões e deve investir em equipes internacionais
Spotify pagou mais de US$ 1 milhão em royalties a quase 1,5 mil artistas em 2024
Meta recorre para impedir ex-funcionária de promover livro de denúncias
Alibaba lança nova versão de assistente de IA com raciocínio avançado
Publicado 20/11/2024 • 23:01 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
Fachada de uma unidade do Carrefour
Reprodução
A suspensão de compras de carne dos países do Mercosul anunciada ontem pelo Carrefour acontecerá apenas nas lojas francesas, segundo nota divulgada pela empresa.
Nesta quarta-feira, o CEO do grupo Alexandre Bompard, divulgou comunicado em suas redes sociais dizendo que a gigante francesa do varejo assumiu o compromisso “de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul”. O bloco é formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Reação do governo
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, manifestou indignação com a decisão. Para ele, a medida “parece uma ação orquestrada” por empresas francesas para prejudicar o Brasil. A declaração foi feita na noite desta quarta-feira (20) após um jantar com o presidente chinês Xi Jinping, em Brasília.
Fávaro rebateu as acusações do Carrefour sobre a sustentabilidade da produção brasileira, classificando as alegações como “inverídicas” e desrespeitosas. “Estão buscando pretextos para justificar a resistência da França em assinar o acordo. Seria mais legítimo se simplesmente mantivessem a posição contra o tratado, sem questionar a produção exemplar do Brasil”, afirmou.
O ministro ainda destacou que a produção nacional é sustentável e alinhada às boas práticas, lamentando que críticas infundadas sejam usadas como ferramenta política. “Eu jamais apontaria falhas na produção francesa, mas fico indignado quando tentam denegrir a imagem do Brasil dessa forma”, concluiu.
A decisão do Carrefour foi anunciada em meio a protestos de agricultores franceses, organizados pela FNSEA e pelos Jovens Agricultores (JA), que bloquearam rodovias e atearam fogo em objetos contra o acordo comercial. Segundo o CEO da varejista, a medida reflete a “raiva e o desânimo” dos produtores locais diante da proposta de integração entre os blocos econômicos.
Leia a nota do Carrefour:
O Carrefour França informa que a medida anunciada ontem, 20/11, se aplica apenas às lojas na França. Em nenhum momento ela se refere à qualidade do produto do Mercosul, mas somente a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em um contexto de crise.
Todos os outros países onde o Grupo Carrefour opera, incluindo Brasil e Argentina, continuam a operar sem qualquer alteração e podem continuar adquirindo carne do Mercosul. Nos outros países, onde há o modelo de franquia, também não há mudanças.
Mais lidas
Porsche investe US$ 872 mi em motores a combustão após queda na venda dos elétricos
Os riscos invisíveis da conectividade: como proteger setores críticos contra ameaças tecnológicas
Alibaba lança nova versão de assistente de IA com raciocínio avançado
Previ, fundo de pensão dos funcionários do BB, registra déficit acumulado de R$ 3,16 bilhões
Cacau Show celebra aumento das vendas e recorde de faturamento