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Risco de recessão global aumenta com impacto das tarifas dos EUA
Publicado 28/04/2025 • 09:09 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 28/04/2025 • 09:09 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
Vista aérea do terminal de contêineres de importação e exportação do Porto de Longtan em 26 de dezembro de 2024 em Nanquim, província de Jiangsu, na China.
China News Service | Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)
O risco de a economia global entrar em recessão ainda em 2025 aumentou significativamente, segundo a maioria dos economistas consultados em uma pesquisa da Reuters. O levantamento aponta que as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prejudicaram fortemente a confiança dos empresários.
Há apenas três meses, o mesmo grupo de economistas — que acompanha cerca de 50 economias — previa um crescimento forte e estável para o cenário global.
Mas a decisão de Trump de reformular o comércio internacional com tarifas sobre todas as importações americanas provocou choques nos mercados financeiros, eliminou trilhões de dólares em valor das bolsas de valores e abalou a confiança de investidores nos ativos dos EUA, incluindo o dólar, tradicionalmente considerado um porto seguro.
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Embora o governo americano tenha suspendido temporariamente as tarifas mais pesadas para a maioria dos parceiros comerciais, ainda vigora uma tarifa geral de 10%, além de uma tarifa específica de 145% para produtos chineses — a China é o maior parceiro comercial dos EUA.
“Está difícil para as empresas planejarem até mesmo julho, já que não sabem como serão as tarifas recíprocas. Imagine tentar fazer um planejamento de um ou cinco anos. É impossível prever”, afirmou à Reuters James Rossiter, chefe de estratégia macro global do TD Securities.
Diante desse cenário de incerteza e tarifas altíssimas — as maiores em um século —, muitas empresas globais estão reduzindo ou retirando suas projeções de receita.
Mostrando uma unanimidade rara, nenhum dos mais de 300 economistas consultados entre 1º e 28 de abril avaliou que as tarifas tenham tido um impacto positivo sobre o sentimento empresarial. Para 92% deles, o impacto foi negativo; apenas 8% consideraram neutro, principalmente especialistas da Índia e de outros mercados emergentes.
Três quartos dos economistas também cortaram suas projeções de crescimento para a economia mundial em 2025, reduzindo a mediana para 2,7%, ante 3% na pesquisa de janeiro. O Fundo Monetário Internacional (FMI) também reduziu sua previsão para 2,8%.
As revisões de crescimento foram negativas para 28 das 48 economias analisadas. Em dez delas, as projeções se mantiveram, e outras dez — incluindo Argentina e Espanha — registraram leves melhorias, motivadas por fatores domésticos.
China e Rússia continuam com previsões de crescimento melhores do que as dos EUA, com projeções medianas de 4,5% e 1,7%, respectivamente — sem alterações em relação à pesquisa anterior.
Já México e Canadá sofreram fortes revisões para baixo, com projeções de crescimento de apenas 0,2% e 1,2%, respectivamente.
As perspectivas para 2026 seguiram praticamente a mesma tendência, indicando que o impacto negativo das tarifas é profundo e difícil de reverter.
Questionados sobre o risco de uma recessão global ainda este ano, 60% dos entrevistados — 101 de 167 — afirmaram que ele é “alto” ou “muito alto”. Outros 66 disseram que o risco é baixo.
“É muito difícil ser otimista em relação ao crescimento nesse ambiente”, disse à agência de notícias Timothy Graf, chefe de estratégia macro para Europa, Oriente Médio e África no State Street.
“Mesmo que as tarifas fossem eliminadas hoje, o estrago já estaria feito, sobretudo na percepção dos EUA como um parceiro confiável em acordos bilaterais e multilaterais, seja de comércio, seja de defesa comum”, completou.
A trajetória de queda da inflação global, conquistada por bancos centrais nos últimos anos por meio de sucessivos aumentos de juros, também pode ser ameaçada pelas tarifas, que têm efeito inflacionário.
“Romper relações comerciais com seu maior parceiro gera efeitos caóticos sobre os preços e impactos negativos sobre a renda real e a demanda”, explicou Graf.
Ele também alertou que a chance de uma estagflação — período prolongado de baixo crescimento, alta inflação e aumento do desemprego — está agora maior do que no passado.
Mais de 65% dos bancos centrais das principais economias — 19 de 29 — não devem atingir suas metas de inflação este ano, segundo a pesquisa. Para 2026, o número cai um pouco, para 15.
* Com informações da Reuters.
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