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Representantes da indústria da carne do Brasil e do Mercosul cobram retratação do Carrefour
Publicado 21/11/2024 • 22:03 | Atualizado há 10 meses
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Publicado 21/11/2024 • 22:03 | Atualizado há 10 meses
KEY POINTS
Foto: Embrapa
Gado no pasto
Entidades do Brasil e do Mercosul que representam produtores de carne reagiram nesta quinta-feira (21) à decisão do Carrefour na França de suspender a compra de carne bovina proveniente dos países do bloco sul-americano.
Os representantes do segmento afirmaram que a medida da rede de supermercados é desrespeitosa, injustificada e que, na verdade, trata-se de uma forma de proteger a indústria europeia.
O Fórum Mercosul da Carne (FMC), que representa os principais atores da indústria da carne da região, reagiu Em nota oficial, a entidade classificou a medida como um ataque “injustificado e protecionista”, alertando para os danos à reputação de uma das cadeias produtivas mais competitivas do mundo.
Pelo menos seis entidades que representam produtores do Brasil também se pronunciaram contra a medida da rede de supermercados (veja mais abaixo).
Dados divulgados pelo Ministério da Agricultura mostram que as exportações do agronegócio brasileiro para a União Europeia totalizaram US$ 2,39 bilhões em outubro de 2024, um aumento de 34,2% em relação ao mesmo período de 2023.
Dentre os produtos exportados, a carne bovina ocupa lugar de destaque, consolidando o Mercosul como um dos principais fornecedores para o bloco europeu.
“Nossa liderança no mercado global é sustentada por práticas sustentáveis e padrões rigorosos de rastreabilidade e bem-estar animal”, ressaltou o FMC em comunicado.
O FMC também enfatizou os investimentos tecnológicos realizados pela cadeia de produção de carnes do Mercosul, destacando que tais inovações reduzem os impactos ambientais da atividade.
“A decisão do Carrefour é injustificável, já que nossa produção cumpre os mais altos padrões internacionais”, pontuou a entidade. O bloco sul-americano responde por 45% das exportações mundiais de carne, com produtos destinados a mais de 100 países.
Na nota, o FMC questionou a falta de fundamentos técnicos na decisão do Carrefour e exigiu que a rede apresente evidências que justifiquem a suspensão.
Além disso, a entidade pediu uma retratação pública, apontando que a medida contradiz os princípios do livre comércio. “A suspensão prejudica injustamente milhares de trabalhadores e empresas que compõem a cadeia de produção de carnes do Mercosul”, concluiu.
Entidades do agronegócio e da indústria alimentícia brasileira, como CNA, ABIEC, ABPA, ABAG, SRB e FIESP, emitiram uma nota conjunta em repúdio à decisão do CEO Global do Carrefour, Alexandre Bompard, de suspender a compra de carnes do Mercosul para as lojas na França. O grupo classificou a medida como desrespeitosa e destacou que, se a carne do Mercosul não é aceita na França, também não deveria abastecer outras unidades da rede ao redor do mundo.
Na nota, as associações ressaltaram que a produção cárnica do Mercosul atende os mercados mais exigentes globalmente, como Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e Japão, sendo regularmente auditada e certificada por padrões internacionais, incluindo o BRC (British Retail Consortium). O bloco é líder mundial em exportação de carne bovina e de frango e teve papel essencial no abastecimento alimentar global durante a pandemia de Covid-19.
As entidades enfatizaram o compromisso do setor com a sustentabilidade e a segurança alimentar, reforçando a importância da reputação construída pelo Mercosul no mercado global. Finalizaram afirmando que a decisão do Carrefour viola princípios do comércio internacional e pediram que a rede reconsidere sua postura.
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, usou suas redes sociais na tarde desta quinta-feira (21) para criticar a decisão do Carrefour de suspender a compra de carne proveniente do Mercosul e convocar um boicote às lojas da rede, incluindo o Atacadão.
Em um vídeo publicado no Instagram, Mendes enfatizou a necessidade de “reciprocidade” no tratamento entre o Brasil e a empresa francesa.
Em seu pronunciamento, Mauro Mendes afirmou que, como cidadão, deixará de comprar nas lojas do grupo e incentivou outros brasileiros, especialmente os ligados ao agronegócio, a fazerem o mesmo.
“Todos nós brasileiros, para honrar o nosso país, devemos pensar em dar a este Carrefour, ao Atacadão, o mesmo tratamento que eles estão dando ao nosso país”, declarou.
Mendes destacou que a decisão do Carrefour reflete uma tentativa de desvalorizar a produção brasileira, especialmente diante das negociações do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O governador apontou que os produtores franceses, preocupados com a concorrência brasileira, utilizam “artifícios” para proteger sua indústria, que ele classificou como cara e dependente de incentivos governamentais.
“Como esses produtores franceses não conseguem competir com o agronegócio brasileiro, ficam criando esses artifícios e o Carrefour e o Atacadão embarcaram nessa onda.”
O governador também vinculou a decisão do Carrefour a uma postura protecionista da França, liderada pelo presidente Emmanuel Macron, que, segundo ele, tenta impor restrições ao Brasil com o pretexto ambiental. Mendes afirmou que a medida da empresa não se alinha aos princípios de justiça comercial e deve ser respondida pelos consumidores brasileiros.
“Se o Brasil não serve para vender carne para eles, então eles não servem para vender produtos franceses para nós”, concluiu Mendes, reforçando o apelo por reciprocidade.
A manifestação do governador ocorre após o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, anunciar que o grupo varejista não comercializará mais carne proveniente do Mercosul, justificando a decisão pelo descontentamento de agricultores franceses com a concorrência sul-americana e com o possível avanço do acordo de livre comércio entre os blocos.
A medida gerou fortes reações entre autoridades e setores ligados ao agronegócio no Brasil.
A JBS anunciou a assinatura de um memorando de entendimentos com o governo da Nigéria para um possível investimento de US$ 2,5 bilhões no país, o mais populoso da África. O plano prevê a construção de seis fábricas: três voltadas para aves, duas para bovinos e uma para suínos, com implementação projetada ao longo de cinco anos. Além disso, a empresa realizará estudos de viabilidade e projetos preliminares para consolidar a cadeia de suprimentos local.
O governo nigeriano se comprometeu a garantir as condições econômicas, sanitárias e regulatórias necessárias para o sucesso do projeto. Caso seja efetivado, o investimento pode ampliar a receita da JBS na região, que atualmente representa 3% do faturamento total da empresa, considerando o Oriente Médio e o continente africano. A iniciativa reforça a estratégia da JBS de diversificação global e expansão em mercados emergentes.
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