Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Mesmo com R$ 160 milhões para investir em 2025, Panvel não tem pressa para sair do Sul
Publicado 21/11/2024 • 21:37 | Atualizado há 8 meses
Governo da Índia ordena bloqueio de mais de 2 mil contas, diz rede social X
Trump diz que irá impor tarifas de 50% sobre cobre e 200% para produtos farmacêuticos
Navarro, assessor de tecnologia de Trump, pressiona Apple por demora em deixar a China
Japão considera “lamentável” o anúncio de tarifas de Trump; países lutam para lidar com novo prazo dos EUA
Apple diz que diretor de operações Jeff Williams se aposentará da empresa ainda este ano
Publicado 21/11/2024 • 21:37 | Atualizado há 8 meses
KEY POINTS
Divulgação
A Panvel não tem pressa para deixar a região Sul do Brasil e expandir o negócio de forma agressiva em outras praças brasileiras.
Com mais de 600 lojas, quase todas nos três estados do Sul, a companhia farmacêutica pretende ampliar sua presença com a abertura de mais 60 lojas, quase todas na região.
No planejamento financeiro, a Panvel estima que terá R$ 160 milhões para investir no ano que vem. Desse total, R$ 90 milhões serão destinados para a abertura de novas lojas. O resto será investido em tecnologia e logística. O valor total é semelhante ao que a companhia injetou na operação neste ano.
Apenas 5 ou 6 lojas deverão ser abertas em São Paulo. A capital paulista é a única cidade fora da região Sul que possui unidades da rede (hoje, são 12 operações).
“Cometemos alguns erros no início da expansão em São Paulo, mas já encontramos um bom público”, diz Antônio Napp, CFO da Panvel.
Napp afirmou em entrevista ao Times Brasil Licenciado Exclusivo CNBC que as lojas de São Paulo faturam R$ 1,5 milhão por mês, em média. “É mais do que o dobro da média da rede, que é de R$ 700 mil”, diz Napp. O executivo afirma que os custos também são maiores. “Há mais gastos de aluguel e de pessoal. Isso força a necessidade de uma venda mais alta.”
O plano de expansão leva em consideração o crescimento do varejo farmacêutico. No período de quatro anos entre 2020 e 2023, o setor cresceu 11,7% ao ano no País. Segundo dados da empresa de pesquisas IQVIA, o varejo farmacêutico movimentou R$ 199 bilhões no Brasil no ano passado.
Na região Sul, o crescimento do varejo farmacêutico é mais expressivo. O crescimento anual no mesmo período ficou em 13,3%. Em 2023, a região movimentou R$ 34,9 bilhões no varejo farmacêutico. “Ainda há muita oportunidade de crescimento no Sul”, diz Napp.
A Panvel terminou o terceiro trimestre com 12,5% de market share na região, aumentando sua participação em 0,4 p.p. no período de um ano. As principais rivais são as gigantes Pague Menos e Raia Drogasil. A primeira tem mais de 1,6 mil lojas espalhadas pelo Brasil. A segunda, mais de 3 mil operações.
Para tentar se diferenciar dessas e de outras concorrentes, a Panvel quer apostar na remodelação das lojas. Unidades com um conceito mais premium, focado na classe AAA, serão lançadas pela companhia nos próximos meses. Outra novidade é a expansão de lojas com o conceito one-stop-shop.
Nesta modalidade, Napp explica que a ideia é “fazer com que a Panvel esteja na rotina de saúde do cliente”. O plano é ir além da venda de medicamentos, mas também fornecer um ambiente para vacinação e testes de covid de dengue, por exemplo. “Sendo realista, a experiência no balcão é semelhante”, afirma o CFO. “Estamos olhando para outros elementos.”
Avaliada em R$ 1,45 bilhão, a Panvel opera com queda próxima de 26% no valor de suas ações desde o começo do ano. Em junho, o Itaú BBA cortou o preço-alvo do papel de R$ 17 para R$ 13, mas manteve a recomendação de compra. O preço da ação no fechamento de quinta-feira (21) foi de R$ 9,55.
Em relação às finanças, a companhia vem apresentando recuperação no negócio após o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul. No último balanço financeiro da operação, divulgado na semana passada, a empresa reportou receita bruta de R$ 1,28 bilhão, alta de 17% ante o terceiro trimestre do ano passado.
A Panvel terminou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 37,3 milhões (alta de 37% no período). O endividamento somou R$ 284,4 milhões, aumento de 64% ante o mesmo intervalo de 2023. A relação dívida líquida/Ebitda passou de 0,78x para 1,15x.
Esse aumento se deve a antecipação de estoque para o fim de ano. “Antecipamos as compras e o envio de mercadorias para começar o quarto trimestre com as lojas bem recheadas”, diz Napp. “Não venceríamos a demanda se esperássemos mais para comprar.”
Por ora, a estratégia parece estar dando resultado. Em outubro, as vendas da Panvel registraram aumento de 20%. A expectativa é de que os números de novembro também apresentem crescimento.
Mais lidas
Fazenda adota IPCA para correção de depósitos judiciais da União a partir de 2026
Os impérios esportivos mais valiosos da CNBC em 2025: veja como os 20 maiores do mundo se comparam
Haddad se reúne com Motta e Alcolumbre por saída para IOF
Tensão Lula-Trump e tarifas fazem Ibovespa B3 ter leve baixa; bolsas dos EUA fecham mistas
Maior canal de negócios do Brasil presente em encontro global da CNBC