EUA poderiam arrecadar mais de US$ 100 bilhões com ampliação de taxas, diz comissário europeu
Publicado 06/05/2025 • 15:08 | Atualizado há 21 horas
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Publicado 06/05/2025 • 15:08 | Atualizado há 21 horas
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Maros Sefcovic, em reunião do Dia do Conselho Europeu da PES, no dia 9 de fevereiro de 2023.
Reprodução Flickr
Maros Sefcovic, comissário europeu de Comércio, alertou que os Estados Unidos poderiam arrecadar mais de US$ 100 bilhões com novos impostos sobre importações caso investigações em setores como farmacêuticos e semicondutores resultem em tarifas adicionais.
Durante debate em Estrasburgo, Sefcovic afirmou que cerca de 549 bilhões de euros em exportações da UE para os EUA estariam sujeitos a tarifas se todas as medidas em estudo fossem implementadas. “A situação atual é inaceitável, e não podemos ficar parados”, declarou, destacando o risco para o comércio global. As informações são da agência de notícias “Dow Jones”.
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Os EUA já mantêm tarifas de 10% sobre diversos produtos europeus, além de impostos específicos sobre aço, alumínio e automóveis. Em abril, o presidente Trump ameaçou elevar as tarifas para 20%, mas suspendeu a medida por 90 dias para negociações. A UE, que planejava retaliar com tarifas sobre produtos como motocicletas Harley-Davidson e gomas de mascar, também adiou sua implementação para permitir diálogos.
Sefcovic revelou que mantém contato constante com autoridades americanas para buscar um acordo, incluindo uma proposta de compra de 50 bilhões de euros em commodities como gás natural e soja.
No entanto, a UE se prepara para cenários sem acordo, com possíveis ações na OMC para defender o sistema multilateral de comércio. O comissário destacou ainda o monitoramento de riscos de desequilíbrios no mercado único europeu devido a possíveis excessos de oferta de produtos baratos de países não pertencentes à UE.
A Comissão Europeia afirmou estar pronta para usar “todos os instrumentos disponíveis” de defesa comercial, caso necessário, para proteger produtores e consumidores do bloco. Os primeiros resultados desse monitoramento devem sair em meados de maio, enquanto as tensões comerciais continuam a pressionar a relação transatlântica em um momento de instabilidade nos mercados globais.
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