Setor de tecnologia reage à trégua tarifária entre EUA e China; especialista comenta
Publicado 12/05/2025 • 20:24 | Atualizado há 7 horas
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Publicado 12/05/2025 • 20:24 | Atualizado há 7 horas
KEY POINTS
A trégua de 90 dias no aumento de tarifas comerciais entre Estados Unidos e China provocou reação imediata no mercado. As ações de empresas de tecnologia subiram, refletindo a expectativa de que a escalada tarifária iniciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, não avance para níveis mais elevados, como os previstos de 125% ou 145%.
Rafael Coimbra, editor executivo da MIT Technology Review Brasil, afirmou em entrevista ao Radar, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, que o momento pode ser visto como um sinal de alívio, mas ainda exige cautela. “Essa pausa é muito importante. Ela dá uma sinalização de que, provavelmente, a gente não vai chegar àqueles níveis muito altos de tarifa.”
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Mesmo com a trégua, Coimbra avalia que as grandes empresas devem continuar o movimento de descentralização da produção. Ele explicou que muitas companhias já estavam estudando alternativas para não depender de um único país.
“As empresas estavam pensando em se remanejar, em passar parte da produção para outros países. Esse movimento vai continuar, só que agora não de maneira tão acelerada quanto parecia alguns dias atrás”, disse.
Coimbra explicou que as cadeias globais de fornecimento, que envolvem a produção e montagem de componentes em diversos países, são eficientes do ponto de vista de custos e preços ao consumidor. No entanto, são frágeis diante de choques como o aumento repentino de tarifas.
“A cadeia é eficiente, mas extremamente insegura quando há um choque como esse. Você não constrói uma fábrica de chip de ponta ou de câmera de celular em poucos dias. É preciso tempo e muito dinheiro”, afirmou.
Questionado sobre quais países podem atrair parte da produção deslocada da China, Coimbra destacou a Índia como principal alternativa. Segundo ele, o país tem mão de obra qualificada e vem recebendo investimentos em tecnologia. Vietnã e Coreia do Sul também foram citados como possibilidades.
“Se eu pudesse colocar as fichas, eu colocaria na Índia”, afirmou.
Sobre a possibilidade de as empresas anteciparem compras e formarem estoques durante os 90 dias de trégua, Coimbra disse que esse movimento já aconteceu no início da crise. Para ele, repetir esse comportamento agora não seria racional.
“Isso muda completamente o planejamento estratégico das empresas. Fazer estoque tem custo altíssimo. Já houve uma antecipação. Agora, elas vão ter um tempo para pensar e ajustar”, concluiu.
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