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Ibovespa B3 renova recordes e toca os 139 mil pela 1ª vez, com apetite por risco

Publicado 13/05/2025 • 18:12 | Atualizado há 2 meses

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • Com o alívio em torno da leitura sobre a inflação norte-americana em abril, e de visão benigna do mercado sobre a ata do Copom, o Ibovespa B3 renovou máximas históricas intradia e de fechamento nesta terça-feira, em que tocou a casa dos 139 mil pontos pela primeira vez.
  • Ao fim, o índice da B3 mostrava alta de 1,76%, aos 138.963,11 pontos, quebrando o recorde que vigorava desde 28 de agosto passado, então aos 137.343,96 pontos naquele fechamento.
  • No intradia, aos 139.418,97 (+2,09%), superou também a marca de 137.634,57 vista na última quinta-feira, dia 8. Foi a quarta alta consecutiva para o índice de referência da B3.
A B3 é uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro no mundo.

A B3 é uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro no mundo.

Foto: Divulgação B3.

Com o alívio em torno da leitura sobre a inflação norte-americana em abril, e de visão benigna do mercado sobre a ata do Copom, o Ibovespa B3 renovou máximas históricas intradia e de fechamento nesta terça-feira (13), em que tocou a casa dos 139 mil pontos pela primeira vez.

Ao fim, o índice da B3 mostrava alta de 1,76%, aos 138.963,11 pontos, quebrando o recorde que vigorava desde 28 de agosto passado, então aos 137.343,96 pontos naquele fechamento. No intradia, aos 139.418,97 (+2,09%), superou também a marca de 137.634,57 vista na última quinta-feira, dia 8. Foi a quarta alta consecutiva para o índice de referência da B3.

“Comportamento hoje foi de 85% das empresas do índice em alta, com o Ibovespa B3 renovando recordes. Havia muita expectativa para o dado de inflação ao consumidor nos EUA em abril, divulgado de manhã, e o que se viu foi uma taxa mais acomodada, mesmo com o receio que se tinha com relação a possível efeito do tarifaço americano. Abre espaço para a percepção de que se venha a ter taxa de juros mais baixa nos Estados Unidos”, diz Felipe Paletta, estrategista da EQI Research.

Ata do Copom

Ele acrescenta que a ata do Copom, também divulgada nesta manhã, corroborou o tom do comunicado da semana passada, com aumento da probabilidade de fim de ciclo de alta da Selic, hoje a 14,75% ao ano. “Essa expectativa se renovou hoje, sem sinal de potenciais aumentos, ainda que a taxa de referência, pelo tom duro do BC, venha a se manter alta por tempo longo.”

“O movimento de hoje na Bolsa refletiu uma clareza maior com relação ao futuro”, diz Lucas Sigu Souza, sócio-fundador da Ciano Investimentos. “Muitas empresas estavam bastante descontadas, mas havia muita incerteza com relação à inflação e juros, além dos efeitos das tarifas comerciais adotadas pelo governo Trump no começo de abril. Houve arrefecimento dessa preocupação em relação a Estados Unidos e China, principalmente, e também há uma tranquilidade maior com relação até onde a Selic poderá ir, o que destrava valor na Bolsa”, acrescenta.

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Para Rubens Cittadin, operador de renda variável da Manchester Investimentos, o alinhamento de Petrobras (ON +0,59%, PN +1,52%) à tarde com as demais blue chips deu firmeza ao avanço do Ibovespa B3 no dia seguinte ao balanço da estatal, com a convergência de fatores externos (inflação americana, distensão entre EUA e China) e internos (ata do Copom) que resultou, também, em queda do dólar frente ao real. No fechamento, a moeda americana era cotada a R$ 5,6087, em baixa de 1,32%.

“Os níveis tarifários entre EUA e China começam a entrar no que é praticável, e as bolsas em todo o mundo têm reagido bem. Antes, o que se tinha era praticamente um embargo comercial”, resume Daniel Teles, especialista da Valor Investimentos.

Trégua tarifária

Com base em um simulador de tarifas do Observatório de Complexidade Econômica — uma plataforma de visualização de dados econômicos originada de projeto de pesquisa no MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts —, relatório do Itaú aponta que tarifas de importação entre 50% e 60%, no intercâmbio entre Estados Unidos e China, são o limiar a partir do qual cessa, praticamente, o fluxo comercial entre as duas maiores economias do globo.

“A trégua tarifária entre EUA e China e a revisão para cima das projeções de crescimento do país asiático ajudam a reduzir a aversão a risco. Isso, somado a um índice VIX abaixo de 20, reforça o apetite por ativos de países emergentes e favorece o Brasil”, diz Lucas Almeida, sócio da AVG Capital, referindo-se ao índice de volatilidade de Wall Street, considerado uma espécie de termômetro do medo — e que costuma disparar em momentos de maior tensão e incerteza global.

“Essa melhora de percepção global tem destravado valor na Bolsa brasileira, com ativos que vinham depreciados. O acerto entre Estados Unidos e China trouxe alívio, e temos observado muito fluxo de estrangeiro nos últimos dias, com ingresso de mais de R$ 6 bilhões na B3 neste começo de maio”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, acrescentando que o fluxo estrangeiro, no ano, está positivo em R$ 16,5 bilhões, o que dá suporte à progressão do índice.

Nesse contexto mais favorável ao apetite por risco, a principal ação do Ibovespa B3, Vale ON, subiu nesta terça 1,64%, e entre os grandes bancos a alta do dia ficou entre 1,23% (Itaú PN) e 2,15% (Bradesco PN). Na ponta ganhadora do Ibovespa B3, destaque para Hapvida (+11,30%), Azul (+10,85%) e CVC (+9,29%). No lado oposto, Yduqs (-8,48%), JBS (-2,48%) e Brava (-2,35%). O giro financeiro foi a R$ 27,7 bilhões. Na semana, o Ibovespa B3 sobe 1,80% e, no mês, ganha 2,88% — em 2025, a alta chega agora a 15,53%.

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