Publicado 25/11/2024 • 09:27
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A confiança do consumidor cresceu 2,6 pontos em novembro ante outubro, apontou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 95,6 pontos, na série com ajuste sazonal, maior patamar desde abril de 2014, quando estava em 96,6 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,8 ponto.
“A alta da confiança de novembro reposiciona o indicador na trajetória ascendente iniciada em junho deste ano, a qual foi interrompida no mês anterior. Ela é motivada, principalmente, pela melhora das expectativas para os próximos meses e disseminada entre as faixas de renda”, afirmou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em novembro, o Índice de Expectativas (IE) aumentou 3,7 pontos, para 103,4 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 0,6 ponto, para 84,3 pontos, alcançando o maior nível desde dezembro de 2014, quando estava em 86,8 pontos.
Entre as expectativas, o item que mede o ímpeto de compras de bens duráveis deu a maior contribuição positiva para a confiança no mês, com alta de 8,8 pontos, para 96,8 pontos, maior nível desde julho de 2014.
O item que mede as perspectivas para as finanças futuras das famílias avançou em 3,3 pontos, para 107,1 pontos, enquanto as perspectivas para a situação futura da economia tiveram redução de 1,2 ponto, para 106,1 pontos, a terceira queda consecutiva.
Quanto ao momento atual, a percepção sobre as finanças pessoais das famílias avançou 2,9 pontos, para 76,2 pontos, e a percepção sobre a economia local caiu 1,6 ponto, para 92,8 pontos.
Houve melhora na confiança em todas as quatro faixas de renda familiar em novembro. O índice passou de 93,4 pontos em outubro para 101,8 pontos em novembro entre as famílias com renda até R$ 2.100, alta de 8,4 pontos, enquanto as famílias com rendimentos entre R$ 2.100,01 até R$ 4.800 tiveram elevação de 1,5 ponto na confiança, de 90,3 pontos para 91,8 pontos.
O indicador passou de 92,1 pontos para 93,9 pontos entre as famílias com renda entre R$ 4.800,001 e R$ 9.600, alta de 1,8 ponto, e saiu de 96,3 pontos para 96,8 pontos, aumento de 0,5 ponto, no grupo com renda acima de R$ 9.600,01.
“A alta da confiança ocorre de maneira disseminada nas quatro faixas de renda influenciada por uma recuperação nas expectativas para os próximos meses. Nas avaliações sobre o momento atual, apenas consumidores de menor poder aquisitivo apresentaram alta em novembro, fortemente influenciados pela melhora na situação financeira atual da família”, explicou a FGV.
A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 1º e 21 de novembro.