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Jovens da Geração Z abandonam universidade e migram para profissões técnicas nos EUA
Publicado 17/05/2025 • 13:20 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 17/05/2025 • 13:20 | Atualizado há 2 meses
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Jovens da Geração Z abandonam universidade e migram para profissões técnicas nos EUA.
Pixabay.
Cada vez mais jovens da Geração Z, nos Estados Unidos, estão optando por abrir mão do ensino superior tradicional e ingressar em profissões técnicas. O alto custo das universidades e a demanda crescente por profissionais qualificados em áreas como construção civil, eletricidade, encanamento e reparos automotivos têm impulsionado essa mudança de comportamento.
Entre 2011 e 2023, o custo anual de um curso superior de quatro anos em instituições públicas estaduais aumentou cerca de 30%, segundo cálculos da Education Data Initiative. Em faculdades particulares sem fins lucrativos, a alta foi de 42% no mesmo período.
De acordo com Nich Tremper, economista sênior da plataforma de gestão de folha de pagamento e benefícios Gusto, há atualmente cerca de 2 milhões de estudantes a menos em universidades de quatro anos nos EUA em comparação com 2011.
Essa retração no ensino superior coincide com o aumento da participação de jovens em profissões técnicas. No primeiro trimestre de 2024, a Geração Z representava 18% da força de trabalho americana, mas os trabalhadores entre 18 e 25 anos responderam por quase 25% das novas contratações em setores técnicos e operacionais, segundo dados da Gusto.
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Exemplos como o de Morgan Bradbury, de 21 anos, ilustram esse movimento. A jovem apaixonou por soldagem ainda no ensino médio e, após concluir um curso técnico de nove meses, conquistou uma vaga na empresa de defesa BAE Systems antes mesmo de terminar sua formação, com salário inicial de US$ 57 mil anuais. Atualmente, atua como soldadora em navios da Marinha dos EUA em Norfolk, Virgínia.
Outro caso é o de Chase Gallagher, de 24 anos, que começou a trabalhar com jardinagem aos 12 anos e abriu sua própria empresa de paisagismo aos 15. Aos 18, já atendia 82 clientes. “Olhei os números e pensei: não faz sentido parar meu negócio para pagar faculdade”, contou. Em 2024, sua empresa faturou US$ 1,08 milhão, garantindo a Gallagher cerca de US$ 500 mil entre salário e participação nos lucros.
De acordo com a Gusto, o salário médio inicial em profissões técnicas é de US$ 23 por hora. Dados do Bureau of Labor Statistics (BLS) apontam que eletricistas recebem um salário médio anual de US$ 62.350, enquanto encanadores ganham cerca de US$ 62.970 e trabalhadores da construção civil, US$ 46.050.
Apesar disso, profissionais com diploma universitário ainda recebem, em média, salários mais altos. Segundo o Federal Reserve Bank of New York, o salário mediano de quem concluiu o ensino superior em 2024 foi de US$ 80 mil anuais, com um retorno médio de 12,5% sobre o investimento em educação.
A recente política tarifária do governo Donald Trump pode, porém, impactar negativamente o setor técnico-operacional. Foram impostas tarifas de 10% sobre produtos de todos os países e taxas adicionais sobre itens específicos do México e Canadá. A madeira canadense, fundamental na construção civil americana, passou a ter tarifa de 14,5%.
Para Tremper, o aumento no custo da madeira e de outros materiais pode reduzir a demanda por novas construções e, consequentemente, limitar a oferta de empregos em áreas técnicas. Ainda assim, ele ressalta que, nos últimos meses, a estabilidade no emprego foi maior nesses setores do que em áreas corporativas tradicionais.
“As taxas de desligamento em indústrias como construção, manufatura e transporte foram menores do que em segmentos corporativos, como serviços profissionais e administrativos”, destacou.
Com a aposentadoria gradual da geração Baby Boomer, o mercado de trabalho deve abrir ainda mais espaço para os jovens da Geração Z. “À medida que esses profissionais mais velhos deixam a força de trabalho, os jovens terão a oportunidade de criar seus próprios negócios e dinamizar a economia, aumentando suas possibilidades financeiras”, concluiu Tremper.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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