Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Indústria de calçados prevê investir 7% a mais em 2025 e crescer até 2%
Publicado 22/05/2025 • 15:08 | Atualizado há 4 meses
OpenAI aposta alto na Índia — veja tudo o que a desenvolvedora do ChatGPT está fazendo por lá
Paramount exige retorno ao escritório cinco dias por semana antes de cortes de custos
S&P 500 fecha em novo recorde, com esperança de estabilidade no relatório de empregos
Dallas Cowboys lideram ranking da CNBC dos times mais valiosos da NFL; veja a lista
Apple está bem posicionada no ranking da IA mesmo sem tecnologia própria, aponta analista da CNBC
Publicado 22/05/2025 • 15:08 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
Indústria de calçados prevê investir 7% a mais em 2025 e crescer até 2%.
Pixabay.
A produção brasileira de calçados superou pela primeira vez, em 2024, o nível pré-pandemia, com 929,5 milhões de pares, alta de 4,3% sobre 2023, se recuperando de quedas nos dois anos anteriores. A marca superou projeção feita durante o evento do ano passado (904 milhões).
Para este ano, a projeção da Abicalçados, associação que representa a indústria, é de crescimento mais moderado, entre 1,4% (942,5 milhões de pares) e 2,2% (949,9 milhões). No primeiro trimestre, a alta foi de 0,85% (212 milhões).
A produção é sustentada pelo mercado interno, segundo frisa a entidade, com cenário internacional “estável”. O investimento deve crescer 7% este ano – em 2024 esse valor atingiu R$ 1,6 bilhão, retração de 16,1% ante 2023 e alta de 22,4% na comparação com 2022.
Leia também:
Tarifa de 10% foi um alívio para a indústria de calçados, diz especialista
Gigantes dos calçados Nike, Adidas e outras pedem isenção tarifária a Trump
Em valores, a produção atingiu R$ 37,3 bilhões no ano passado (+6,1%). Para 2025, a entidade também apresenta dois cenários. No considerado pessimista, alta de 5,9%, para R$ 39,5 bilhões. No otimista, aumento de 7,8%, para R$ 40,2 bilhões. De acordo com a Abicalçados, o preço do par de calçados aumentou, em média, 1,7%, abaixo da inflação (4,83%, pelo IPCA-IBGE).
Na divisão demográfica, a região Nordeste concentra mais da metade da produção brasileira – 51,9% em 2024, ante 52,1% no ano anterior. Na sequência, vêm as regiões Sul (24,7%), Sudeste (22%), Centro-Oeste (1,3%) e Norte (0,2%).
Entre os estados, o Ceará lidera com 24,3% de participação, seguido do Rio Grande do Sul (21,8%), de Minas Gerais (16,9%), Paraíba (15,2%) e Bahia (5,9%). São Paulo concentra 4,6% da produção. Segundo a Abicalçados, os estados com as maiores altas na participação total foram Minas Gerais (1,8 ponto percentual), Ceará (1,2 p.p.), Pernambuco (0,8 p.p.), Bahia (0,7 p.p.) e Mato Grosso do Sul (0,5 p.p.). O nível de emprego cresceu 1,5% até março, com saldo de 9,1 mil postos de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Com isso, a indústria calçadista fechou o trimestre com 291,3 mil empregos diretos. O Rio Grande do Sul é o principal empregador, com estoque de 82,6 mil vagas. O Ceará tem 69,2 mil e a Bahia, 42,4 mil. No estado de São Paulo, são 32,8 mil.
Nos quatro primeiros meses deste ano, as exportações de calçados somaram 39 milhões de pares (+9,7%) e a receita atingiu US$ 349 milhões (+1,5%), em relação a igual período de 2024. A Argentina ultrapassou os Estados Unidos e foi o principal destino das vendas brasileiras: 4,65 milhões de pares (+54,1%) e US$ 77,8 milhões (+25,6%). As importações tiveram alta de 23,4%, para US$ 188,9 milhões. Em volume, foram 16,5 milhões de pares (+28,3%).
“A queda para o mercado estadunidense, em abril, pode ser explicada pela bolha de crescimento de importações registrada desde o final do ano passado, acima da dinâmica do consumo interno”, afirmou o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira. “Muitos importadores anteciparam suas compras e embarques de modo a evitar as esperadas sobretaxas aos calçados chineses, garantindo menores custos e elevando o nível dos estoques.”, concluiu.
O setor registrou superávit comercial de US$ 498,3 milhões em 2024, -31,3% em relação do ano anterior (US$ 725,1 milhões). O saldo é decrescente desde 2022. A Abicalçados afirma que o movimento se explica tanto pela queda das exportações –”relacionada à conjuntura econômica internacional” como pela “tendência crescente” das importações.
Em 2024, por exemplo, as exportações (US$ 976 milhões) caíram 16,4% e as importações (US$ 477,7 milhões) cresceram 7,9%. Os principais países de origem são Vietnã, China e Indonésia. de janeiro a abril deste ano, as importações subiram 28%.
A Abicalçados discute com o governo medidas como cotas de importação, para conter o que o setor chama de “invasão de calçados asiáticos”. A associação estima que as vendas ao exterior crescerão de 2,1% a 5,2% neste ano (em valores).
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
ChatGPT terá controle parental após morte de adolescente
Decisões do Banco Central favorecem BTG e geram R$ 11 bilhões em créditos contra a União, diz denúncia
Adotado por 160 milhões de brasileiros, Pix ganha força no exterior por meio de parcerias entre fintechs nacionais
Meta remove 10 milhões de perfis no Facebook para combater spam
Etanol de milho cresce 20% ao ano e faz do Brasil o segundo maior produtor mundial