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Tarifas do Trump

“A principal vítima das tarifas do Trump é o próprio consumidor americano”, diz economista

Publicado 26/05/2025 • 13:36 | Atualizado há 3 dias

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o adiamento da tarifa de 50% sobre produtos importados da União Europeia, antes prevista para 1º de junho.
  • Segundo economista, além de encarecer produtos importados, a medida prejudica a cadeia de valor de empresas distribuidoras, importadoras e varejistas.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o adiamento da tarifa de 50% sobre produtos importados da União Europeia, antes prevista para 1º de junho. A decisão foi comentada pelo economista e ex-secretário de Comércio Exterior do Brasil, Roberto Giannetti da Fonseca, em entrevista ao jornal Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

Segundo Fonseca, “a principal vítima dessas tarifas é o próprio consumidor americano”. O economista afirmou que, além de encarecer produtos importados, a medida prejudica a cadeia de valor de empresas distribuidoras, importadoras e varejistas.

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Efeitos no comércio europeu e americano

Para Fonseca, a imposição de tarifas tão elevadas era uma medida insustentável. Ele observou que setores como o automobilístico, de alimentos, cosméticos e alta costura na Europa seriam diretamente afetados. “Isso traz mais um elemento recessivo para a economia europeia, que já enfrenta dificuldades”, avaliou.

Nos Estados Unidos, o economista explicou que os consumidores devem sentir o impacto nos preços e na disponibilidade de produtos. “Esses produtos são, em muitos casos, insubstituíveis no mercado americano. Ao invés de gerar emprego, essa política tende a destruir postos de trabalho”, afirmou.

China e União Europeia em posições diferentes

Durante a entrevista, Fonseca destacou a diferença de postura entre a China e a União Europeia nas negociações comerciais com os Estados Unidos. Ele apontou que a China demonstrou maior paciência e estratégia, enquanto a União Europeia enfrenta limitações impostas por sociedades democráticas e opinião pública mais atuante.

“Os chineses mantiveram-se frios. Trump esperava um telefonema e não recebeu. Quando os ministros chineses aceitaram negociar, impuseram condições claras e, no final, os Estados Unidos recuaram para os níveis tarifários anteriores”, relatou.

Consequências para o Brasil e o Mercosul

O economista afirmou que o Brasil, nesse contexto, conseguiu preservar uma posição relativamente vantajosa, com tarifa de 10% sobre alguns produtos. “Estamos também ganhando mercado no setor agrícola, especialmente na China, que vem transferindo parte de suas compras de produtos agropecuários para o Brasil”, disse.

Sobre o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, Fonseca avaliou que as tensões comerciais entre Estados Unidos e Europa inicialmente sugeriram uma possível aceleração nas negociações. No entanto, essa expectativa não se confirmou. “A União Europeia adotou uma postura mais cautelosa, evitando provocar os Estados Unidos”, explicou.

OMC e o futuro do dólar

Questionado sobre o papel da Organização Mundial do Comércio (OMC), Fonseca afirmou que a instituição vem perdendo força, especialmente após o boicote dos Estados Unidos ao órgão de solução de controvérsias. “Hoje, a OMC está inativa e passiva. É necessário revitalizar a organização e tentar trazer os Estados Unidos de volta”, defendeu.

O economista analisou a posição do dólar como moeda internacional. Segundo ele, a diversificação de reservas internacionais por parte de vários países e a adoção de sistemas de pagamento alternativos colocam em xeque a predominância da moeda americana. “A China lança mecanismos mais modernos e baratos, e muitos países já preferem comprar ouro. O dólar está perdendo espaço”, concluiu.

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