Em coletiva, Lula fala sobre a possibilidade de reforma ministerial, INSS e mudanças no IOF
Publicado 03/06/2025 • 11:30 | Atualizado há 3 dias
Publicado 03/06/2025 • 11:30 | Atualizado há 3 dias
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (3) que o país deve trabalhar para ocupar uma posição de destaque no cenário econômico global. Ele destacou avanços na indústria, na agenda ambiental e em programas sociais, durante anúncio de novas iniciativas do governo federal.
“O Brasil precisa buscar estar entre os países mais ricos do mundo, porque tem tudo para isso”, declarou o presidente ao citar a recuperação do setor industrial e as potencialidades naturais do país.
De acordo com ele, a indústria nacional registrou crescimento de 3,4% com o programa Nova Indústria Brasil, que oferece crédito pelo BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica e Finep. A estratégia, segundo o presidente, é estruturar políticas de longo prazo para reposicionar o país no ranking das maiores economias globais.
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Durante a entrevista, o presidente anunciou a implantação do programa Agora Tem Especialista, destinado a reduzir a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para consultas médicas especializadas e exames como ressonância magnética. A previsão é que o projeto esteja concluído em setembro.
“A doença não espera e a morte também não”, disse o presidente, ao defender a urgência do programa. Ele explicou que o objetivo é garantir às pessoas de baixa renda o acesso a atendimento médico especializado, atualmente restrito a quem possui plano de saúde.
O presidente também confirmou a ampliação da Farmácia Popular, que distribui 41 medicamentos de uso contínuo, e anunciou três novos projetos sociais: subsídio para o gás de cozinha, linha de crédito para reforma de moradias populares e financiamento para motocicletas destinadas a entregadores de aplicativo. Segundo ele, o governo pretende criar, junto com as concessões de rodovias, pontos de apoio para caminhoneiros e motoristas profissionais.
O presidente confirmou viagem oficial à França, a primeira em 13 anos. A agenda inclui reunião com o presidente Emmanuel Macron, encontros com empresários e participação na Conferência dos Oceanos, em Nice. Também estão previstos debates sobre temas globais, como a guerra na Ucrânia, a situação humanitária em Gaza e o acordo União Europeia-Mercosul.
Além disso, o presidente informou que o Brasil receberá encontros bilaterais com países do Caribe e a cúpula do BRICS nos próximos meses. “Nós temos muito a falar sobre economia, meio ambiente, desenvolvimento e indústria”, afirmou.
O chefe do Executivo reforçou o compromisso do país com a preservação ambiental e defendeu a compensação financeira por parte das nações desenvolvidas para países que conservam suas florestas tropicais. Ele citou Brasil, países amazônicos, Congo e Indonésia como exemplos.
Segundo ele, os recursos devem beneficiar populações tradicionais e comunidades que vivem da floresta. “Embaixo de cada copa de árvore tem um indígena, um pescador, um agricultor familiar, um seringueiro, um extrativista, e essa gente precisa viver”, declarou.
Ao final, o presidente disse que pretende intensificar viagens pelo país para enfrentar o que chamou de “indústria de mentiras” e reforçou que o governo buscará ampliar o diálogo direto com a população.
O presidente Lula afirmou nesta terça-feira (3) que as investigações sobre fraudes no INSS devem seguir com rigor, e que os responsáveis serão responsabilizados. Durante coletiva de imprensa, o chefe do Executivo reforçou a necessidade de cautela, mas garantiu a punição dos envolvidos.
“Quem errou vai ser punido. E o que vai acontecer? Nós vamos devolver o dinheiro para os aposentados que foram lesados pela quadrilha”, disse o presidente.
Ele explicou que o governo optou por evitar operações midiáticas e determinou que a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União e a Advocacia-Geral da União façam investigações minuciosas. Segundo ele, as fraudes teriam origem na gestão anterior. “Todo mundo sabe que isso é um erro feito no governo passado, possivelmente propositadamente”, declarou.
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Questionado sobre as negociações em torno do salário mínimo, o presidente disse que ainda não recebeu a proposta oficial e, por isso, não pretende se manifestar. “Eu não posso ser o estragador de uma reunião que está durando há dois dias e dar um palpite aqui”, afirmou.
Sobre a articulação política, criticou decisões tomadas sem consulta prévia aos líderes do Congresso. Relatou que, em outros momentos, medidas foram apresentadas após debate com a Câmara e o Senado, o que, segundo ele, evita erros.
O presidente também comentou as críticas sofridas pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no Congresso. Disse que mantém total confiança na ministra e ressaltou a importância de diálogo entre os ministérios e órgãos de fiscalização ambiental. Ele reconheceu que há demora em alguns processos, atribuída à falta de servidores e à exigência técnica do Ibama.
Sobre as novas regras de licenciamento ambiental aprovadas no Congresso, informou que ainda não conhece o conteúdo e que só se posicionará após análise.
Ao ser questionado sobre as declarações de autoridades norte-americanas a respeito de membros do Judiciário brasileiro, o presidente classificou como inadmissível a interferência de governos estrangeiros em decisões de Cortes supremas de outros países. Ele disse que o Brasil pretende esgotar as negociações comerciais antes de levar questões à Organização Mundial do Comércio, caso não haja acordo.
“Se você concorda ou não, silencie. Porque não é correto dar palpite”, afirmou o presidente.
Sobre a atuação de associações junto ao INSS, inclusive entidades ligadas a aliados políticos, o presidente disse que os pagamentos foram suspensos para todas elas e que o governo aguarda comprovação da regularidade das autorizações. “Se as pessoas não mandarem documento provando com A mais B, não tem por que liberar”, declarou.
Ele garantiu que as investigações seguirão e que os responsáveis serão punidos conforme a lei. Ressaltou ainda que o governo prioriza o ressarcimento dos aposentados prejudicados e que não aceitará novas irregularidades.
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