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Merz vai a Washington para encontro com Trump em meio a tensões comerciais e guerra na Europa
Publicado 05/06/2025 • 07:08 | Atualizado há 2 semanas
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Publicado 05/06/2025 • 07:08 | Atualizado há 2 semanas
KEY POINTS
A Alemanha é altamente dependente das exportações e tem nos EUA seu maior parceiro
Daniel Torok / Casa Branca / Flickr
O chanceler alemão, Friedrich Merz, deve se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quinta-feira (05). O encontro ocorre em um momento delicado, marcado por disputas comerciais e pela guerra em curso na Europa.
Durante seus dois mandatos anteriores, Trump tensionou as relações entre os EUA e aliados históricos, como a União Europeia.
“O tom está tão áspero quanto há muito não se via”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, em um discurso recente sobre as relações entre os dois países.
Nos últimos meses, trocas de críticas entre Berlim e Washington se intensificaram. No entanto, houve sinais de reaproximação: os líderes agora se tratam pelo primeiro nome, após diversas conversas por telefone. Ampliar esse diálogo é uma das prioridades de Merz na visita aos EUA.
Merz assumiu oficialmente o cargo de chanceler em 6 de maio, após prestar juramento no Bundestag. Agora, inicia sua primeira grande missão diplomática. “A principal prioridade da chanceler alemã será encontrar a sintonia certa com Trump”, afirmou Jörn Fleck, diretor sênior do Centro Europeu do Atlantic Council, à CNBC.
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Conservador, com posições duras sobre imigração e forte ligação com o setor financeiro — ele é ex-executivo da BlackRock — Merz carrega o perfil de outsider subestimado que venceu prometendo recuperar a economia e a segurança da Alemanha, o que pode pesar a seu favor nas conversas com Trump.
A pauta comercial será central. A Alemanha é altamente dependente das exportações e tem nos EUA seu maior parceiro. Isso a torna vulnerável à política protecionista de Trump. Penny Naas, especialista do Fundo Marshall Alemão, alertou que tarifas sobre setores como automóveis e aço afetam diretamente o coração da economia alemã.
Merz deve buscar espaço para negociação e pode propor um acordo para eliminar tarifas industriais entre EUA e UE.
“Ele provavelmente defenderá o livre comércio e poderá ressaltar a proposta europeia de zerar tarifas como um caminho ideal”, disse a economista Franziska Palmas, da Capital Economics.
A guerra na Ucrânia também estará na pauta, principalmente após Trump ter conversado por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, na quarta-feira. Espera-se que Merz pressione o republicano a adotar uma postura mais firme em relação à Rússia.
Merz também deve reafirmar o apoio alemão à Ucrânia e a importância da participação europeia nas negociações de paz. O apoio norte-americano à Ucrânia é hoje visto com incerteza, preocupando os aliados europeus. Assuntos como presença de tropas, sanções e inteligência compartilhada também devem ser discutidos.
A contribuição dos países da OTAN será outro tema importante. Trump insiste que os membros aumentem os gastos com defesa para 5% do PIB, proposta que enfrenta resistência. Merz tentará demonstrar que a Alemanha não é mais vista como um país que investe pouco em defesa.
Com as recentes reformas fiscais alemãs abrindo espaço para mais gastos militares, Berlim agora apoia a meta de 5% e pode apresentar esse compromisso como um trunfo político. Palmas destacou que Merz pode até usar a visita para anunciar uma nova meta específica de investimentos em defesa.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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