O presidente Donald Trump e o vice-presidente J.D. Vance estão agora em parceria para tentar fazer com que o Federal Reserve (Fed) reduza as taxas de juros.
Em uma publicação nas redes sociais na manhã desta quarta-feira (11) no programa X, Vance repetiu o apelo de seu chefe para que o banco central flexibilizasse a política monetária, após as últimas leituras de inflação mostrarem que as tarifas ainda não exerceram qualquer pressão ascendente substancial sobre a inflação.
“O presidente vem dizendo isso há algum tempo, mas está ainda mais claro: a recusa do Fed em cortar as taxas é uma negligência monetária”, escreveu Vance.
A declaração ocorreu após um relatório do Bureau of Labor Statistics (Departamento de Estatísticas do Trabalho) mostrar que o índice de preços ao consumidor (IPC) aumentou apenas 0,1%, tanto na leitura de todos os itens quanto no núcleo que exclui alimentos e energia. Na base anual, os respectivos níveis de inflação ficaram em 2,4% e 2,8%, ambos acima da meta de 2% do Fed.
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Embora Trump ainda não tenha abordado os números do IPC na quarta-feira (11), o presidente tem pressionado o presidente Jerome Powell e seus colegas do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) para cortar as taxas.
O Fed flexibilizou a política monetária pela última vez em dezembro, e autoridades recentemente expressaram preocupação com os impactos de longo prazo que as tarifas terão sobre os preços. Trump afirmou que quer um corte de um ponto percentual na meta atual para a taxa básica de juros, que está entre 4,25% e 4,5%.
O FOMC divulgará sua decisão sobre a taxa de juros em uma semana, e os mercados estão atribuindo probabilidade zero a um corte de juros após a reunião de dois dias. Os operadores esperam que o Fed afrouxe a política monetária em setembro, de acordo com dados do CME Group.
Autoridades do governo enfatizaram os dados de inflação em queda, bem como a moderação do mercado de trabalho, como razões para reduzir as taxas.
“Para mim, essa combinação indica que pode ser hora de outro corte de juros, mas espero que o Fed enfatize a incerteza atual e o desejo de não agir muito cedo. É uma situação difícil”, disse Elyse Ausenbaugh, chefe de estratégia de investimentos da J.P. Morgan Asset Management.
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