As vendas no varejo da China em maio cresceram em sua taxa mais rápida desde o final de 2023, mostraram dados do Departamento Nacional de Estatísticas na segunda-feira, em parte ajudadas pelos feriados do Dia do Trabalho e do Barco-Dragão.
As vendas no varejo aumentaram 6,4% no mês passado em relação ao ano anterior, superando drasticamente as estimativas dos analistas de um crescimento de 5% em uma pesquisa da Reuters e subindo em relação ao crescimento de 5,1% no mês anterior .
O crescimento da produção industrial desacelerou para 5,8% em maio, em relação ao mesmo período do ano anterior, ante 6,1% no mês anterior. O último dado veio ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas, de um aumento de 5,9%.
O investimento em ativos fixos, relatado no acumulado do ano, expandiu 3,7% em maio em relação ao ano anterior, ficando abaixo da previsão da Reuters de um crescimento de 3,9% e desacelerando em relação ao crescimento de 4% nos primeiros quatro meses.
A taxa de desemprego baseada em pesquisas urbanas em maio chegou a 5,0%, caindo de 5,1% em abril para o menor nível desde novembro do ano passado.
Um acordo tarifário firmado entre Pequim e Washington em meados de maio proporcionou alívio temporário às exportações do país, levando algumas empresas a antecipar as remessas e, ao mesmo tempo, a intensificar a busca por mercados alternativos. Ambos os lados firmaram uma trégua de 90 dias para reverter a maior parte das taxas de três dígitos aplicadas aos produtos um do outro no início de abril.
O secretário do Comércio, Howard Lutnick, disse à CNBC na semana passada que as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas permanecerão no nível atual de 55%.
As exportações da China cresceram menos do que o esperado em maio , embora o aumento nos embarques para países do Sudeste Asiático, países da União Europeia e África tenha ajudado a compensar a forte queda nas mercadorias com destino aos EUA. As exportações da China para os EUA caíram mais de 34% em relação ao ano anterior, a maior queda desde fevereiro de 2020.
Os dados comerciais dos últimos dois meses indicaram resiliência nas exportações da China, de acordo com o Goldman Sachs, pois destacaram “a dificuldade das tarifas bilaterais em reduzir significativamente o total das exportações chinesas”.
A fraca demanda interna se destacou como uma questão mais urgente para as autoridades chinesas. Os preços ao consumidor registraram queda anual por quatro meses consecutivos, recuando 0,1% em maio. A deflação nos preços de fábrica ou ao produtor também se aprofundou, recuando 3,3% em relação ao ano anterior.
No entanto, Pequim pode sentir menos urgência em implementar medidas adicionais de flexibilização, já que as exportações parecem mais resilientes do que o esperado e o crescimento do PIB está a caminho de ultrapassar 5% no primeiro semestre, disse o Goldman.
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