CNBC
Imagem de arquivo. Mark Zuckerberg, CEO da Meta, testemunha durante a audiência do Comitê Judiciário do Senado dos EUA "Big Tech e a Crise de Exploração Sexual Infantil Online" em Washington, DC, em 31 de janeiro de 2024.

CNBC Após investir bilhões em uma “equipe dos sonhos” de IA, Zuckerberg precisa entregar resultados aos acionistas da Meta

Economia Brasileira

Galípolo: ‘é lógico imaginar que serão necessários juros mais contracionistas por mais tempo’

Publicado 29/11/2024 • 15:33 | Atualizado há 7 meses

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • O diretor de política monetária e futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que com a economia aquecida, a instituição "eventualmente" terá que apertar mais o freio, sinalizando assim juros mais altos.
  • Galípolo disse que parece lógico imaginar que serão necessários juros mais altos por um período mais longo.
  • O diretor reiterou que terá liberdade de ação quando assumir a presidência do BC em janeiro e não se preocupa com possíveis críticas do governo que o indicou.
Gabriel Galípolo.

Gabriel Galípolo.

Foto: Pedro França/Agência Senado

O diretor de política monetária e futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta sexta-feira (29) que, com a economia aquecida, a instituição “eventualmente” terá que apertar mais o freio, sinalizando assim juros mais altos.

“Eventualmente, será preciso pisar mais fundo no freio para evitar que a economia esquente a ponto de pressionar a inflação”, comentou Galípolo durante um almoço com banqueiros promovido pela Febraban.

Contexto econômico global e nacional

Em seguida, após mencionar o mercado de trabalho apertado no Brasil, além da expectativa de menos cortes de juros nos Estados Unidos, o que favorece a alta do dólar, Galípolo disse que parece lógico imaginar que serão necessários juros mais altos por um período mais longo.

Autonomia e metas do Banco Central

O diretor reiterou que terá liberdade de ação quando assumir a presidência do BC em janeiro e não se preocupa com possíveis críticas do governo que o indicou. “Não me preocupa receber críticas porque o arcabouço legal da política monetária está muito claro.O Banco Central não recebe ordens por entrevistas e posts em redes sociais”, afirmou Galípolo.

Ele destacou que a função do BC é perseguir a meta de inflação, ajustando a taxa de juros de forma restritiva pelo tempo necessário.

Independência e realismo na gestão do Banco Central

Como já havia mencionado na quinta-feira durante um jantar com empresários, Galípolo repetiu que seria estranho esperar aplausos no BC. “Se quer ser Miss Simpatia, não vá para o BC, essa não é a função de um banqueiro central”, declarou novamente, comparando sua posição com a dos jogadores de um time que chega à La Bombonera, estádio do Boca Juniors, na Argentina, para disputar a final da Libertadores. “Não vai ter flores”.

Preocupações com inflação e expectativas

Durante o encontro com os banqueiros, Galípolo reforçou que toda a diretoria do BC está preocupada não apenas com a desancoragem das expectativas, mas também com a inflação atual.

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

MAIS EM Economia Brasileira