Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Iranianos que compram suprimentos no Iraque relatam medo e escassez em casa
Publicado 18/06/2025 • 18:16 | Atualizado há 8 horas
Hackers pró-Israel destroem US$ 90 milhões em criptomoedas do Irã, diz empresa de análise
Aeronaves furtivas e bombas de mais de 13 toneladas: por que destruir o programa nuclear do Irã é tão difícil
Switch 2 valoriza ações da Nintendo em US$ 39 bilhões no ano
Grandes CEOs do petróleo soam o alarme com escalada de ataques entre Israel e Irã
Impactos tarifários estão começando a afetar os dados econômicos, aponta JPMorgan
Publicado 18/06/2025 • 18:16 | Atualizado há 8 horas
KEY POINTS
Pessoas se reúnem para um protesto contra a onda de ataques israelenses contra o Irã no centro de Teerã, em 13 de junho de 2025.
Foto por ATTA KENARE / AFP
Perto da outrora movimentada passagem de Bashmakh na fronteira com o Iraque, o motorista iraniano Fatah estocou arroz, açúcar e chá, alimentos básicos que se tornaram cada vez mais difíceis de obter em casa.
O Fatah — que, como outros nesta história, está sendo identificado por um pseudônimo — estava entre as dezenas de caminhoneiros que esperavam impacientemente para cruzar de volta ao Irã, vindos da região do Curdistão, no norte do Iraque, transportando não apenas sua carga comercial, mas também bens essenciais para suas famílias após dias de ataques israelenses.
A AFP conversou com pelo menos 30 iranianos perto da passagem de Bashmakh. Todos se recusaram a ser entrevistados diante das câmeras, e os poucos que concordaram em descrever a vida em casa pediram para permanecer anônimos por medo de represálias no Irã.
“Há escassez de arroz, pão, açúcar e chá”, disse o Fatah na terça-feira (17). Encontrar combustível também se tornou um grande problema, com longas filas de carros esperando horas em frente aos postos de gasolina, torcendo para que o combustível não acabasse, acrescentou o motorista de 40 anos.
Leia mais
Acompanhe em tempo real a cobertura do conflito entre Israel e Irã
‘Talvez eu faça, talvez não’, diz Trump sobre ataques ao Irã
Analistas de petróleo ficam intrigados com o conflito entre Israel e Irã: ‘seu palpite é tão bom quanto o meu’
Uma longa jornada aguarda o Fatah, que deve entregar sua carga de asfalto no porto iraniano de Bandar Abbas, a cerca de 1.700 quilômetros de distância, antes de retornar e dirigir quase a mesma distância de volta à cidade de Marivan, no oeste do país, onde sua família mora e que até agora foi poupada de bombardeios.
Mas “minha rota passa perto da instalação nuclear de Natanz”, disse o Fatah, referindo-se a um dos locais subterrâneos de enriquecimento de urânio do Irã que Israel atacou diversas vezes desde o início de sua campanha na semana passada.
Israel lançou um ataque surpresa devastador na sexta-feira (13), visando instalações militares e nucleares do Irã, matando comandantes e cientistas de alto escalão.
Israel afirma que seus ataques visam impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear, uma ambição que Teerã nega. Pelo menos 224 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas nos ataques israelenses, segundo dados oficiais.
O ataque provocou bombardeios retaliatórios de mísseis do Irã, que mataram pelo menos 24 pessoas em Israel, segundo o gabinete do primeiro-ministro. Aram, de 28 anos, continua ligando para sua esposa, temendo pela segurança de sua família depois que eles tiveram que fugir de casa quando um ataque atingiu uma base militar próxima, na cidade de Sanandaj.
“Minha família está segura, mas eles tiveram que se mudar para a casa de parentes em uma vila”, disse Aram. Sua esposa lhe contou que muitas famílias que moravam perto de bases militares na área também foram deslocadas.
O pai de dois filhos disse que a escassez em casa se deveu principalmente ao pânico dos iranianos que correram aos mercados para estocar suprimentos básicos.
De volta ao Irã, o vendedor de automóveis Shwan relembrou como jatos israelenses atingiram vários locais militares perto de sua cidade de Bukan, no oeste do país.
“As pessoas estão chocadas e perturbadas, não sabem o que fazer”, disse o homem de 35 anos à AFP por meio de um aplicativo de mensagens, de dentro do Irã.
“Temos um grande problema com a escassez de pão”, disse ele. As pessoas faziam filas em padarias por horas para conseguir pães, às vezes sem sucesso, disse Shwan. “Às vezes, quatro membros de uma mesma família andam pelas padarias em busca de pão”, acrescentou.
“Também é difícil encontrar arroz ou óleo”, e muitos funcionários públicos ainda não receberam seus salários, disse.
Avin, uma costureira de 38 anos, disse à AFP por meio de um aplicativo de mensagens que a guerra “espalhou medo entre os moradores”, embora as bombas não tenham atingido sua cidade de Saqqez, no noroeste do Irã.
“Algumas famílias com crianças foram para vilarejos fora da cidade”, disse. Como outras, ela teme que mais escassez venha. “A maior parte dos suprimentos vem de Teerã”, que sofreu um êxodo em massa e também enfrenta a escassez. “Por causa disso, o mercado em nossa cidade parou.”
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
Mercado Livre investirá R$ 13,6 bilhões em São Paulo em 2025
Hackers pró-Israel destroem US$ 90 milhões em criptomoedas do Irã, diz empresa de análise
CNI critica elevação da Selic e alerta para sufocamento da economia
CNBC The China Connection: Exportadores chineses precisam cada vez mais construir marcas para sobreviver
Com mercado pouco explorado, “quiet cool” é aposta da The Growth Brands no Brasil, diz CEO