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CNBC Por que os mercados globais ignoram os ataques dos EUA ao Irã

Energia

Petróleo sobe 5% e atinge US$ 79 o barril; Firjan alerta para impacto em cadeia produtiva

Publicado 22/06/2025 • 22:31 | Atualizado há 12 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A elevação no valor da commodity deve impactar diretamente os custos de produção em diversas cadeias industriais, segundo avaliação de Karine Fragoso, gerente-geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
  • Ela alertou que “o prolongamento do fechamento ou do risco de bloqueio dessa rota pode causar impactos duradouros na economia global”.

O preço do petróleo registrou alta de 5% e atingiu US$ 79 o barril, refletindo o aumento das tensões geopolíticas e incertezas quanto ao fluxo global de energia. A elevação no valor da commodity deve impactar diretamente os custos de produção em diversas cadeias industriais, segundo avaliação de Karine Fragoso, gerente-geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

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Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Fragoso afirmou que a interrupção ou restrição do transporte de petróleo por áreas estratégicas, como o Estreito de Ormuz, onde transita entre 20% e 25% do fluxo global de óleo cru, tende a pressionar ainda mais os preços. Ela alertou que “o prolongamento do fechamento ou do risco de bloqueio dessa rota pode causar impactos duradouros na economia global”.

Além do petróleo, a executiva lembrou que o mercado de gás natural também está sujeito a pressões. Cerca de um terço do comércio internacional de gás passa pela mesma região. “Isso também afeta os preços do gás e, por consequência, outras cadeias produtivas”, observou.

Segundo Fragoso, o cenário reforça a importância de o Brasil avançar na exploração de novas áreas petrolíferas. “Temos um histórico de produção relevante e petróleo de qualidade superior, mais valorizado por seu menor teor de carbono. Mas é necessário continuar investindo em conhecimento e testes exploratórios para garantir segurança energética a longo prazo.”

A gerente da Firjan destacou que, embora o Brasil esteja entre os maiores produtores globais, o país consumiu 10 anos de suas reservas provadas em menos de uma década. “Em 2016, tínhamos 23 anos de reservas provadas. Hoje, são apenas 13”, afirmou.

O impacto do aumento do preço do petróleo não se limita aos combustíveis para veículos. Fragoso lembrou que derivados do petróleo estão presentes em setores como indústria petroquímica, farmacêutica, geração de energia e produção agrícola. “O petróleo está no nosso cotidiano, em diversos produtos e processos. Qualquer alteração no fluxo ou no custo dessa matéria-prima afeta o dia a dia da população”, disse.

Por fim, a representante da Firjan defendeu que a continuidade da produção de petróleo deve ocorrer de forma eficiente e com menor impacto ambiental. “É necessário produzir petróleo alinhado às demandas de uma matriz energética mais limpa. O petróleo segue essencial para o Brasil e para o mundo.”

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